Real: os economistas, no entanto, preveem que o Brasil se recuperará no próximo ano (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2016 às 09h57.
Rio de Janeiro - A economia sofrerá neste ano uma contração de 3,14%, menor do que a de 2015 (-3,80%), quando o país teve seu pior resultado nos últimos 25 anos, segundo uma pesquisa entre economistas divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Apesar da projeção confirmar a grave recessão do Brasil, os analistas voltaram a melhorar a previsão para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, já que até na semana passada esperavam uma retração de 3,15% em 2016 e há um mês previam uma queda de 3,16%, de acordo com o Boletim Focus.
Se essa previsão for confirmada, será a primeira vez que a maior economia da América do Sul, em grave recessão, encadeará dois anos seguidos de crescimento negativo desde a década de 1930.
Os economistas, no entanto, preveem que o Brasil se recuperará no próximo ano, para quando projetam um crescimento de 1,30%, abaixo da expansão de 1,35% prevista na semana passada, mas acima dos 1,23% esperados há um mês.
Quanto à inflação, os economistas melhoraram a projeção tanto para este ano como para 2017.
De acordo com a nova projeção, a inflação no Brasil neste ano será de 7,25%, quase um décimo abaixo dos 7,34% calculados há uma semana e há um mês.
Apesar dos analistas esperarem para este ano uma alta dos preços menor do que a de 2015, quando o Brasil registrou uma inflação de 10,67%, a maior em 13 anos, o índice ficará novamente acima da meta estabelecida pelo governo.
O Banco Central se impôs para este ano uma meta para a inflação de 4,50%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que estabelece o limite tolerado em 6,50% anual.
Quanto a 2017, os especialistas esperam uma inflação de 5,07%, abaixo dos 5,12% projetados há uma semana e dos 5,14% previstos há um mês.