Economia

PIB pode recuar 2% este ano, diz especialista

Economista-chefe para América Latina do BNP Paribas afirma que o racionamento de energia traz um risco de contração de2% no PIB de 2015


	Moedas de real: número seria a maior recessão em um quarto de século
 (Divulgação)

Moedas de real: número seria a maior recessão em um quarto de século (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 15h36.

O racionamento de energia e eletricidade cada vez mais provável traz risco de contração de 2 por cento no PIB, o que seria a maior recessão em um quarto de século, disse Marcelo Carvalho, economista-chefe para América Latina do BNP Paribas.

“O racionamento em particular é uma carta selvagem que pode nos empurrar para um PIB de -2 por cento”, disse Carvalho, em entrevista por telefone. “Isso depende de quão profundo ele será e quanto vai durar”.

Uma queda de 2 por cento no PIB deste ano seria mais baixa que todas as projeções de 32 analistas ouvidos em pesquisa Bloomberg entre os dias 13 e 18 de fevereiro.

Seria o pior desempenho da economia brasileira desde a queda de 4,2 por cento no PIB em 1990, segundo dados do FMI.

O PIB brasileiro vem sofrendo com a alta nas taxas de juros, maiores impostos e uma redução nos gastos do governo, enquanto a presidente Dilma Rousseff tenta impedir um downgrade do rating do País.

A previsão oficial de Carvalho para o PIB 2015 é de -1 por cento, comparado com 0,00 por cento antes.

Uma pesquisa Bloomberg mostra uma estimativa mediana de 0 por cento de crescimento no PIB e uma pesquisa Focus do BC com economistas aponta -0,4 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BNP ParibasCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraEmpresasEmpresas francesasPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos