Economia

PIB Mensal da Serasa indica estagnação em fevereiro

Para os economistas da empresa, a atividade econômica só não se contraiu em fevereiro devido ao desempenho do setor externo

Guido Mantega: para economistas da Serasa, os estímulos monetários e fiscais anunciados pelo governo desde o 3º trimestre ainda não obtiveram efeito sobre o crescimento (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega: para economistas da Serasa, os estímulos monetários e fiscais anunciados pelo governo desde o 3º trimestre ainda não obtiveram efeito sobre o crescimento (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 09h58.

São Paulo - A economia brasileira ficou estagnada em fevereiro, mostra o Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal) divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian. De acordo com a empresa, foi registrado crescimento nulo em relação a janeiro, já efetuados os ajustes sazonais, e na comparação com fevereiro do ano passado houve crescimento de 2,1%, resultado abaixo da expansão de 2,8% observada na comparação interanual entre janeiro e janeiro de 2011. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o PIB medido pelo indicador subiu 2,3% em relação ao mesmo período de 2011.

Para os economistas da empresa, a atividade econômica só não se contraiu em fevereiro devido ao desempenho do setor externo. De acordo com os números do PIB Mensal, as exportações de bens e serviços cresceram 3,7%, após um recuo de 7,6% em janeiro, e as importações caíram 5,1%. O consumo do governo teve aumento pequeno, de 0,1%, enquanto consumo das famílias e investimentos encolheram - respectivamente 0,1% e 0,2%.

Do ponto de vista da oferta agregada, o setor industrial registrou expansão de 0,5% em fevereiro, o de serviços cresceu apenas 0,1% e o agropecuário permaneceu estagnado.

Na opinião dos economistas da Serasa Experian, os estímulos monetários e fiscais que vêm sendo anunciados pelo governo desde o terceiro trimestre do ano passado ainda não obtiveram efeito sobre o ritmo de crescimento econômico neste início do ano. Outros dois fatores, observam em nota distribuída à imprensa, seguram a atividade do País: o baixo dinamismo da economia mundial e a pouca disposição do consumidor em ampliar seu endividamento.

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