Economia

PIB global deve ter recessão "sem precedentes" no pós-guerra, diz Fitch

Agência também projeta contração de 7% na economia na zona do euro e 5,6% nos Estados Unidos

Fitch Ratings: Declínio será duas vezes mais severo do que recessão de 2009, segundo economista-chefe da agência (Brendan McDermid/Reuters)

Fitch Ratings: Declínio será duas vezes mais severo do que recessão de 2009, segundo economista-chefe da agência (Brendan McDermid/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de abril de 2020 às 17h43.

O Produto Interno Bruto (PIB) global sofrerá contração de 3,9% em 2020, com uma recessão "de profundidade sem precedentes no período pós-guerra", afirma a Fitch Ratings em relatório. "Isso é duas vezes maior do que o declínio antecipado em nossa atualização do início de abril e seria duas vezes mais severo do que a recessão de 2009", compara Brian Coulton, economista-chefe da agência.

A Fitch projeta que a zona do euro sofra contração de 7% em sua economia e os Estados Unidos, de 5,6%.

Para o Reino Unido, espera recuo de 6,3% no PIB em 2020. Ainda na Europa, espera que a economia italiana contraia 8%, enquanto na França e na Espanha há recuos de quase 5% no PIB no primeiros trimestre, aponta a Fitch.

A agência nota ainda que revisou mais para baixo suas projeções para os mercados emergentes. A queda nos preços das commodities, saída de capital e flexibilidade política mais limitada exacerbam o impacto das medidas para conter o vírus nesses países, afirma a Fitch, que diz ter feito "grandes ajustes nas previsões de PIB" para México, Brasil, Rússia, África do Sul e Turquia, sem citar esses números em seu comunicado.

Já China e Índia devem ambas ter crescimento inferior a 1%, o que faz a agência esperar contração no PIB dos emergentes como um todo em 2020, algo "sem precedentes desde pelo menos o início dos anos 1980".

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusFitchPIB

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs