Economia

PIB dos EUA cresce acima do esperado no 4º trimestre e apoia dólar

Estados Unidos divulgaram que a economia americana cresceu mais rapidamente do que o inicialmente medido no quarto trimestre do ano passado

PIB dos EUA: indicador cresceu a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre do ano passado (mars58/Thinkstock)

PIB dos EUA: indicador cresceu a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre do ano passado (mars58/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 18h27.

Nova York - O dólar apresentou fortes ganhos em relação a outras moedas principais nesta quarta-feira, 28, após o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgar que a economia americana cresceu mais rapidamente do que o inicialmente medido no quarto trimestre do ano passado.

No horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 106,99 ienes; o euro recuava para US$ 1,2303 e a libra cedia para US$ 1,4074. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,77%, aos 90,058 pontos, retomando o nível dos 90 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre do ano passado, o que superou as expectativas dos economistas e subiu de uma estimativa anterior de crescimento de 2,5%. O dólar também foi apoiado pela crescente preocupação de que o crescimento global sincronizado possa estar desacelerando, mesmo que os EUA continuem a apresentar uma economia em expansão.

Os temores foram alimentados por preocupações sobre o potencial de crescentes tensões comerciais para desacelerar o comércio internacional, prejudicando a expansão econômica sincronizada. O crescimento europeu mostrou sinais de arrefecimento, reforçando essas preocupações.

Outros sinais de ansiedade nos mercados financeiros também impulsionaram a moeda americana, de acordo com analistas. O aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, o maior custo do dólar na Europa à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleva as taxas de juros e US$ 1,5 trilhão em cortes de impostos nos EUA, que forçam o governo a aumentar os empréstimos de curto prazo, o que gera maior escassez do dólar.

"Há todas essas coisas que são negativas para o sentimento de risco. Você tem um ambiente onde a volatilidade está aumentando em diferentes classes de ativos", afirmou o estrategista de câmbio da TD Securities, Mark McCormick.

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