Economia

Economia do Reino Unido tem queda recorde de 20,4% em abril

Abril foi o primeiro mês completo confinamento no Reino Unido, um dos lugares mais afetados do mundo pela pandemia de coronavírus no mundo

Reino Unido: em abril, o PIB registrou contração de quase 25% na comparação com fevereiro (martin-dm/Getty Images)

Reino Unido: em abril, o PIB registrou contração de quase 25% na comparação com fevereiro (martin-dm/Getty Images)

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AFP

Publicado em 12 de junho de 2020 às 06h13.

Última atualização em 12 de junho de 2020 às 12h37.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido desmoronou 20,4% em abril na comparação com o mês anterior, devido ao confinamento decretado para frear a propagação da pandemia de coronavírus, anunciou nesta sexta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

O resultado é uma queda recorde e acontece após a contração de 5,8% em março, de acordo com o ONS.

Abril foi o primeiro mês completo confinamento, que começou em 23 de março e praticamente paralisou a atividade econômica do país, um dos mais afetados do mundo pela pandemia, com mais de 41.000 mortes provocadas pelo coronavírus.

"O retrocesso do PIB em abril é o mais forte já registrado no Reino Unido, mais de três vezes que o mês anterior e quase 10 vezes mais que a queda mais expressiva antes da COVID-19", afirmou Jonathan Athow, estatístico do ONS.

"Em abril, a economia registrou contração de quase 25% na comparação com fevereiro", completou.

As restrições impostas para conter a propagação do vírus foram flexibilizadas progressivamente e a maioria dos estabelecimentos comerciais, com exceção de pubs e restaurantes, reabrirão as portas na segunda-feira (15).

Recuperação

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou que há sinais de que a economia do Reino Unido começa a se recuperar, após o auge do impacto da pandemia de coronavírus. "Nós vemos sinais de que a economia volta à vida nos dados de alta frequência", afirmou ele, durante entrevista à emissora Sky News.

Na breve entrevista, Bailey ressaltou que essa retomada ainda está em seus "dias iniciais" e que o processo é "gradual", mas que de fato esses sinais já são vistos pelo banco central.

Além disso, a autoridade comentou que as medidas oficiais de ajuda são "a melhor alternativa para uma recuperação rápida" do choque com a covid-19.

(Informações de AFP e Estadão Conteúdo)

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