Economia

PIB do 1º tri sinaliza crescimento bastante forte no ano, diz Guedes

O PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre frente aos três meses imediatamente anteriores e retomou o patamar pré-pandemia

Ministro da Economia, Paulo Guedes (Edu Andrade/Ascom/ME/Flickr)

Ministro da Economia, Paulo Guedes (Edu Andrade/Ascom/ME/Flickr)

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Reuters

Publicado em 1 de junho de 2021 às 11h32.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 11h33.

A alta de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano frente aos três primeiros meses de 2020 sinaliza que a economia deve ter um crescimento "bastante forte" neste ano, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira.

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"No primeiro trimestre do ano passado, ela (economia) já estava a um ritmo bastante melhor do que o ano anterior, que tinha sido (de crescimento de) 1%. Ela possivelmente estava crescendo a 2%, 2,5%", disse Guedes durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

"Então se nós estamos crescendo acima desse primeiro trimestre do ano passado... é possível que nós estejamos crescendo realmente a taxas bem maiores", afirmou, acrescentando que, com o avanço da vacinação e dos protocolos, a economia está mais protegida da pandemia neste ano.

O PIB brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre frente aos três meses imediatamente anteriores e retomou o patamar pré-pandemia, embora o ritmo de alta tenha perdido força, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Setor privado ajudou PIB, mas risco hídrico é fator de alerta à frente"

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avaliou nesta terça-feira que o desempenho da economia no primeiro trimestre esteve relacionado à maior participação do setor privado nos investimentos e afirmou que um crescimento de longo prazo depende da consolidação fiscal e de uma agenda de reformas pró-mercado, com o risco hidrológico entre fatores de alerta no curto prazo.

Dentre os fatores positivos para a economia brasileira no curto prazo, a SPE citou cenário externo favorável, forte recuperação do investimento financiado pelo setor privado, aumento da taxa de poupança, mercado de crédito em expansão e recuperação do emprego com a vacinação em massa e a redução do distanciamento social.

Mas entre "fatores de alerta e que inspiram atenção" a secretaria do ministério listou necessidade de prosseguir com o processo de consolidação fiscal e aprovação das reformas de aumento de produtividade, incertezas inerentes à pandemia e risco hídrico.

A economia do Brasil registrou crescimento no primeiro trimestre de 2021 e retornou ao patamar pré-pandemia, dando sequência à recuperação dos danos causados pela pandemia de Covid-19, embora o ritmo tenha perdido força.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% entre janeiro e março, terceiro trimestre seguido de ganhos, mas bem abaixo da alta de 3,2% no quarto trimestre de 2020.

A SPE disse ainda que as reformas tributária e administrativa estão entre as prioridades para este ano, assim como MP da Eletrobras, projeto de lei cambial, modernização do setor elétrico, mudança do regime de partilha para concessões, novo marco de parceria público-privadas, projeto de lei de autorização de ferrovias e aprimoramento das debêntures de infraestrutura.

"Fundamental destacar que o sucesso da implementação da agenda de consolidação fiscal e reformas pró-mercado está intimamente relacionado à retomada ora em curso na economia brasileira", disse a SPE em nota.

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