Economia

PIB da zona do euro cresce 0,7% no 2º trimestre

O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,1% no período

Zona do Euro: o PIB do bloco teve expansão de 4% entre abril e junho (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Zona do Euro: o PIB do bloco teve expansão de 4% entre abril e junho (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 29 de julho de 2022 às 08h36.

Última atualização em 29 de julho de 2022 às 09h27.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,7% no segundo trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira, 29, pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia (UE).

O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,1% no período.

Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 4% entre abril e junho, também superando o consenso do mercado, de 3,4%.

Os economistas esperavam uma desaceleração após o crescimento de 0,5% em janeiro-março, mas a atividade permaneceu forte, graças a setores como o turismo, especialmente na Espanha e na França.

O setor do turismo se recuperou após o levantamento das restrições ligadas à pandemia, apesar de a guerra na Ucrânia alimentar um aumento dos preços nos 19 países da zona do euro.

Dentro do bloco europeu, a situação é contrastante. Espanha (1,1%), Itália (1%) e França (0,5%) cresceram, mas a Alemanha, a maior economia europeia, estagnou (0%).

A Alemanha, uma grande potência industrial, é a mais afetada pela guerra na Ucrânia, que se somou aos problemas do país pelas contínuas restrições da covid-19 na China, um mercado crucial.

A estagnação do crescimento alemão no segundo trimestre levou os analistas a preverem uma recessão no país que se espalharia por todo continente.

Além disso, a Rússia reduziu drasticamente o fornecimento de gás para a Alemanha, aumentando os temores de que os níveis de estoque sejam muito baixos neste inverno. E ainda há a expectativa de racionamento, o que seria devastador para a economia.

Com Estadão e AFP.

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