Economia

PIB da Rússia cresce 1,5% em 2017 após dois anos de recessão

Apesar da alta, os dados da agência oficial de estatísticas publicados nesta quinta-feira ficaram aquém do esperado pelo governo russo

Em 2015 e 2016, a Rússia experimentou sua recessão mais longa desde que Vladimir Putin chegou ao poder, no fim de 1999 (Alexander Nemenov/AFP)

Em 2015 e 2016, a Rússia experimentou sua recessão mais longa desde que Vladimir Putin chegou ao poder, no fim de 1999 (Alexander Nemenov/AFP)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 14h28.

A Rússia voltou a crescer em 2017, após dois anos de recessão, mas a expansão - divulgada dois meses antes das eleições presidenciais - ficou aquém da meta do governo, segundo dados da agência oficial de estatísticas publicados nesta quinta-feira (1).

O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,5% no ano passado, após recuar 2,8% em 2015 e 0,2% em 2016, afirmou a agência Rosstat.

O ministro de Economia, Maxim Oreshkin, disse diversas vezes ao longo do ano que esperava uma expansão de 2%. Entretanto, o fim de 2017 foi marcado por uma desaceleração, especialmente na produção industrial.

Em 2015 e 2016, a Rússia experimentou sua recessão mais longa desde que Vladimir Putin chegou ao poder, no fim de 1999.

A crise levou a uma rápida desaceleração dos salários russos e foi provocada por uma queda nos preços do petróleo em 2014, bem como por sanções internacionais impostas devido às ações de Moscou na Ucrânia.

A Rússia só emergiu da recessão no fim de 2016, com um crescimento de 0,3% no quatro trimestre.

A expansão de 2017 é modesta em comparação com o crescimento de mais de 7% - devido ao aumento dos preços do petróleo durante os dois primeiros mandatos de Putin, de 2000 a 2008.

Não será suficiente impulsionar os salários reais, que caíram por quatro anos consecutivos.

Putin estabeleceu uma meta para superar o crescimento global - previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 3,9% neste ano - e alertou para a estagnação provocada pela falta de reformas.

Antes das eleições de março, o presidente pediu a numerosos economistas que criassem medidas para revigorar e diversificar a economia. Como o país conseguiu sair da da recessão, isso se tornou menos prioritário.

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