Economia

PIB da China segue sólido em maio mas investimentos desaceleram

Expectativa é de que Pequim alcance sua meta de crescimento anual de 6,5 por cento sem muitos obstáculos

Iuane: crescimento mais fraco do investimento em ativos fixo foi liderado pelo enfraquecimento no setor imobiliário (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Iuane: crescimento mais fraco do investimento em ativos fixo foi liderado pelo enfraquecimento no setor imobiliário (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2017 às 08h57.

Pequim - A economia da China permaneceu sólida em maio, mas a política monetária mais apertada, esfriamento do mercado imobiliário e desaceleração do investimento reforçaram a visão de que ela irá perder força gradualmente nos próximos meses.

Ainda assim a expectativa é de que Pequim alcance sua meta de crescimento anual de 6,5 por cento sem muitos obstáculos, uma boa notícia para o presidente Xi Jinping antes da renovação da liderança política neste ano.

O crescimento mais lento dos investimentos em ativo fixo em maio e a forte desaceleração do início de construções de moradias em dados divulgados nesta quarta-feira indicam o esfriamento que os economistas esperavam, embora o crescimento estável da produção industrial e das vendas no varejo, junto com uma retomada nas exportações, estejam aliviando o impacto até agora.

Mas o aumento nos estoques do setor industrial e a inflação ao produtor mais fraca pesarão sobre o crescimento à frente, disse Louis Kuijs, chefe de economia da Ásia no Oxford Economics.

A produção industrial repetiu a taxa do mês anterior e cresceu 6,5 por cento em maio sobre o ano anterior, contra expectativas de ligeira desaceleração, uma vez que os gastos do governo em infraestrutura continuam a alimentar a demanda por materiais de construção.

Mas o aumento dos estoques são um risco. Em abril, o crescimento dos estoques industriais acelerou para mais de 10 por cento.

O crescimento mais fraco do investimento em ativos fixo --8,6 por cento de janeiro a maio --foi liderado pelo enfraquecimento no setor imobiliário.

As vendas no varejo foram mais animadoras, tendo crescido 10,7 por cento em maio sobre o ano anterior, o mesmo que em abril e superando as expectativas de analistas.

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