Economia

PIB da Alemanha cresce 0,3% no 4º tri impulsionado por exportação e construção

Em 2020, a economia da Alemanha encolheu 5,3%, contração muito menor do que em muitos outros países europeus, ajudada por uma forte resposta fiscal à pandemia

Gastos com construção subiram 1,8%. As exportações cresceram 4,5%. (Westend61/Getty Images)

Gastos com construção subiram 1,8%. As exportações cresceram 4,5%. (Westend61/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 07h56.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 10h56.

Exportações fortes e uma sólida atividade de construção ajudaram a economia da Alemanha a crescer 0,3% no último trimestre do ano passado, acima do esperado, mas medidas de lockdown mais rigorosas tanto no país quanto no exterior estão prejudicando as perspectivas para a maior economia da Europa.

Os dados, publicados pela Agência Federal de Estatísticas nesta quarta-feira, marcaram uma revisão para cima ante a estimativa anterior de expansão de 0,1% na comparação com o trimestre anterior.

A agência também revisou para cima o dado do PIB para todo o ano de 2020 a -4,9%, de -5,0%.

Ajustada para efeitos do calendário, a economia alemã encolheu 5,3% no ano passado, uma contração muito menor do que em muitos outros países europeus, ajudada por uma forte resposta fiscal aos danos causados pela pandemia de Covid-19.

O gasto fiscal financiado por dívida criou em 2020 um déficit orçamentário estatal de 139,6 bilhões de euros, ou 4,2% do Produto Interno Bruto, disse a agência. Foi o primeiro déficit desde 2011 e o segundo mais alto desde a reunificação alemã.

O ministro da Economia, Peter Altmaier, disse que os dados enviam um sinal positivo, acrescentando: "Continuaremos a fazer tudo que pudermos nos próximos meses para manter a essência de nossa economia."

A Alemanha havia registrado crescimento recorde de 8,5% no terceiro trimestre e uma queda sem precedentes de 9,7% no segundo, devido aos efeitos de seu primeiro lockdown contra o coronavírus.

O segundo lockdown, adotado no início de novembro para hotelaria e expandido em meados de dezembro para incluir a maioria das lojas e serviços, fez com que os gastos das famílias despencassem no quarto trimestre, disse a agência.

Os gastos das famílias caíram 3,3% no trimestre e os gastos com construção subiram 1,8%. As exportações cresceram 4,5%.

Isso significa que o comércio contribuiu com 0,6 ponto percentual para a taxa geral de crescimento, enquanto a fraca atividade doméstica subtraiu 0,3 ponto, disse a agência.

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