Todas as 27 unidades da federação registraram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Os maiores avanços foram no Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%) e Mato Grosso (12,9%), segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O bom desempenho foi impulsionado sobretudo pela agropecuária, com destaque para a produção de soja, e por atividades dos setores de serviços públicos e indústrias de transformação. No caso do Rio de Janeiro (5,7%), o crescimento teve como motor a indústria extrativa de petróleo e gás.
Já os estados com menores variações foram Rio Grande do Sul (1,3%), Rondônia (1,3%), Pará (1,4%) e São Paulo (1,4%). O PIB nacional teve expansão de 3,2% no ano.
Centro-Oeste lidera crescimento regional
Todas as cinco grandes regiões apresentaram crescimento, com destaque para o Centro-Oeste, que teve alta de 7,6% em 2023. No ranking de variação acumulada entre 2002 e 2023, o Mato Grosso lidera com aumento médio de 5,2% ao ano, seguido por Tocantins (4,9%) e Roraima (4,5%). O crescimento médio nacional foi de 2,2% ao ano no período.
A única região a perder participação no PIB nacional foi o Sudeste, que caiu de 57,4% em 2002 para 53,0% em 2023. Os maiores recuos foram em São Paulo (-3,4 p.p.) e Rio de Janeiro (-1,7 p.p.). Em contrapartida, Centro-Oeste (+2,0 p.p.) e Norte (+1,1 p.p.) foram as regiões que mais ganharam peso na economia do país.
Distrito Federal tem o maior PIB per capita
O PIB per capita brasileiro alcançou R$ 53.886,67 em 2023. O Distrito Federal manteve a liderança nacional, com R$ 129.790,44, valor 2,4 vezes acima da média do país. Na sequência aparecem São Paulo (R$ 77.566,27) e Mato Grosso (R$ 74.620,05).
Entre os estados do Nordeste, os menores PIBs per capita continuam sendo registrados, com Maranhão na última posição (R$ 22.020,63). Já Tocantins e Mato Grosso subiram oito posições no ranking desde 2002.