Economia

PIB chinês cresce 11,9% no primeiro trimestre deste ano

O anúncio, feito pelo governo da China nesta quinta-feira, indica que a forte recuperação da terceira maior economia do mundo continua em curso

Empréstimos feitos pelos bancos estatais foram um dos responsáveis pela expansão do PIB da China. (.)

Empréstimos feitos pelos bancos estatais foram um dos responsáveis pela expansão do PIB da China. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Pequim - A economia chinesa cresceu vigorosamente em 11,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O anúncio foi feito pelo governo da China nesta quinta-feira, um resultado que embora possa parecer excessivo, dado o fraco desempenho no primeiro trimestre de 2009 (6,1%), indica que a forte recuperação da terceira maior economia do mundo continua em curso. Os especialistas previam um crescimento de 11,5% no Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste primeiro trimestre. Cabe lembrar que os dados desse trimestre foram comprados com os 6,1% do primeiro trimestre do ano passado, o trimestre de menor expansão dos últimos 20 anos.

A expansão da China tem se dado em virtude de seus programas massivos de estímulo à economia, os quais elevaram as despesas do governo e conduziram a uma onda de empréstimos sem precedentes pelos bancos estatais. A China assinalou crescimento de 8,7% em 2009, tornando-se uma das poucas nações que tiveram bom desempenho em um período de recessão mundial. Mas a repercussão tem sido bastante rápida, o suficiente para elevar as preocupações de que a economia possa estar muito aquecida, e os últimos cálculos reforçam as medidas adicionais de Pequim na tentativa de refrear o crescimento.

Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cresceu 2,4% em março, queda em relação a fevereiro, cujo crescimento foi de 2,7%, parcialmente devido à inflação dos preços dos alimentos durante o feriado do Ano Novo Lunar, ocorrido em fevereiro. O índice de preços ao consumidor em março ficou aquém das projeções dos especialistas, que a haviam estimado com crescimento de 2,6%. Os especialistas creditam este índice mais baixo em virtude de o Banco Popular da China atrasar a elevação das taxas de juros, apesar do forte crescimento econômico apresentado.

Segundo o Conselho de Estado chinês, o governo está preocupado com os riscos da inflação e há expectativas de que ela suba, com a elevação rápida e excessiva dos preços em algumas cidades chinesas. Para evitar que isso ocorra, o governo chinês tem reduzido os valores para novos empréstimos no sistema bancário. Apesar disso, os bancos fizeram empréstimos significativos em fevereiro e março. Os investimentos cresceram no primeiro trimestre deste ano em 26,4%, em relação ao mesmo período de 2009, abaixo da previsão dos economistas que apostavam em elevação de 26,3%.

Os economistas acreditam que o Banco Central em breve começará a elevar as taxas de juros pela primeira vez em dois anos para combater as pressões inflacionárias. A possibilidade de bolhas nos preços nos imóveis e em outros recursos não está descartada, em parte pelo mercado e fluxo de investimentos, como também incitar a China a permitir que o Yuan cresça ante o dólar.

O índice de preço ao produtor (PPI, na sigla em inglês) cresceu 5,9% em março, devido à elevação dos preços das commodities e das matérias-primas, as quais poderão pressionar a inflação ao consumidor se estes custos forem repassados ao produto final. O aumento foi além da alta de fevereiro, que foi de 5,4%. Os economistas apostavam em elevação de 6,6%.

A produção industrial, por sua vez, cresceu 18,1% em março na comparação com o mesmo mês de 2009. A elevação foi um pouco menor do que a expectativa de crescimento de 18,3% dos analistas ouvido pela Dow Jones, mas bem superior aos 12,8% aferidos em fevereiro. Naquele mês, o índice foi afetado pelo fechamento de fábricas durante o feriado no Ano-Novo Lunar. As informações dão da Dow Jones

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