Economia

PIB calculado pelo Itaú Unibanco deve crescer 0,9% em julho

O cenário de crescimento para o próximo ano contempla uma maior intensidade na economia dos efeitos da redução de juros que vem sendo implementada pelo BC

Itaú: para o ano, o banco projeta um pequeno crescimento de 0,3% (Reprodução/Wikimedia Commons)

Itaú: para o ano, o banco projeta um pequeno crescimento de 0,3% (Reprodução/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 16h28.

Última atualização em 15 de agosto de 2017 às 16h29.

São Paulo - A economia brasileira deverá crescer 0,9% em julho ante junho, segundo os critérios de medição da atividade econômica adotados pelo Itaú Unibanco, que mensalmente divulga a sua medida de PIB, o PIB Itaú Unibanco (Pibiu).

A informação foi dada nesta terça-feira, 15, pelo economista-chefe da instituição, Mário Mesquita, e equipe.

"Teremos uma alta de 0,9% no mês de julho, uma melhora na margem, começando bem o terceiro trimestre", disse o economista durante coletiva na sede do Itaú BBA, em São Paulo.

Em junho, na comparação com maio, considerando os ajustes sazonais, o Pibiu cresceu 0,6%. A expansão sobe para 1,9% na comparação com junho do ano passado.

Para o ano, o Itaú Unibanco projeta um pequeno crescimento de 0,3%. Essa projeção já considera a estimativa do banco de queda de 0,2% da atividade econômica no segundo trimestre ante o primeiro trimestre. Para 2018, a equipe de Mário Mesquita projeta uma expansão de 2,5% da economia.

O cenário de crescimento delineado por Mário Mesquita para o próximo ano contempla uma maior intensidade na economia dos efeitos da redução de juros que vem sendo implementada pelo Banco Central.

"No ano que vem vamos ver com maior intensidade o que o BC vem fazendo com a taxa de juro", disse o economista, que não inclui no seu cenário a aprovação da reforma da Previdência neste ano.]

Meta fiscal

Mário Mesquita disse que se sentiria surpreso se nenhuma agência de classificação de risco não reagir a uma revisão significativa da meta fiscal.

De acordo com ele, uma mudança simples da meta, desde que acompanhada pelas reformas política e estruturantes, não causaria grandes problemas.

Mas, considerando a possibilidade de o déficit chegar a algo como R$ 170 bilhões, seria difícil nenhuma agência de classificação de riscos não reagir à mudança e baixar o rating do Brasil.

"Ficaria muito surpreso se nenhuma agência reagisse a uma mudança da meta", disse Mesquita, ressaltando sua percepção de que o governo não cumprirá a meta por causa da frustração das receitas.

Durante os comentários, Mesquita disse também que o Itaú Unibanco considera como taxa de equilíbrio um câmbio de R$ 3,30.

Mesquita disse reconhecer que taxa de câmbio de equilíbrio é boa para a economia, mas que pode não ser boa para mais ninguém.

Ele se referiu aos exportadores, que querem sempre uma taxa de câmbio maior, e aos importadores, que sempre se posicionam por uma taxa de câmbio menor.

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