Economia

PIB brasileiro vai voltar a crescer em 2017, diz Santander

Presidente do Santander afirmou que este será um ano de inflexão para a economia brasileira, com volta do crescimento e queda da inflação

Santander: PIB pode crescer entre 0,5% a 1% este ano, prevê presidente (Gustavo Kahil/Site Exame)

Santander: PIB pode crescer entre 0,5% a 1% este ano, prevê presidente (Gustavo Kahil/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 14h17.

São Paulo - O presidente do Santander, Sérgio Rial, avalia que 2017 será um ano de inflexão para o Brasil, marcado pela volta ao crescimento e queda da inflação para patamar impensável há alguns anos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode crescer entre 0,5% a 1% este ano, prevê o executivo, ressaltando que há chances de o resultado final ficar mais próximo do topo do intervalo.

Os saques de contas inativas do FGTS podem dar um estímulo adicional ao PIB, estimado pelo Santander em 0,4 ponto porcentual.

O banco calcula que os saques podem injetar em torno de R$ 40 bilhões na economia e metade disso pode ser direcionado para o consumo. "Foi uma medida muito acertada", disse o presidente do Santander a jornalistas.

Rial ressaltou em uma apresentação em evento da Câmara de Comércio Espanhola, a necessidade de avanço das reformas, que têm objetivo muito mais amplo do que equacionar as contas públicas brasileiras.

O presidente ressaltou, por exemplo, a necessidade de reforma trabalhista para que o país crie mais emprego. "O século 21 se caracteriza pela não criação de empregos."

A falta de geração de empregos é uma das explicações para fenômenos como a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e a vitória de Donald Trump para ser presidente dos Estados Unidos. "São reflexos de uma sociedade que não consegue gerar emprego para grandes contingentes de pessoas."

Para o presidente do Santander, existe um preço para o Brasil voltar a crescer e a sociedade se dá conta deste preço. Ao mesmo tempo, mudanças tecnológicas afetaram a forma de se criar empregos em diversos setores e novas profissões estão surgindo. Ele citou o próprio setor financeiro, que já empregou 2 milhões de pessoas no Brasil e hoje emprega em torno de 500 mil.

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