O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Banco Central (BC) divulgaram nesta quarta-feira (22/12) mais números que confirmam a boa fase da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi de 457,7 bilhões de reais, dos quais 21% (96 bilhões de reais) foram alocados à formação bruta de capital fixo. Segundo o IBGE, a captação líquida de investimento estrangeiro direto (IED) avançou de 8,7 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2003 para 25 bilhões no terceiro trimestre de 2004.

A poupança bruta a parcela da renda disponível não gasta em consumo final no terceiro trimestre de 2004 atingiu 115,6 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a setembro, o PIB soma 1,3 trilhão de reais.

Dívida/PIB

A dívida líquida do setor público alcançou 941,1 bilhões de reais em novembro, equivalente a 51,1% do PIB (ante 51,9% do PIB em outubro). A apreciação cambial de 4,4% registrada no mês, informa o BC, contribuiu para uma redução da dívida em 9,3 bilhões de reais. No ano, a dívida líquida do setor público medida como percentual do PIB apresentou redução correspondente a 6,1 pontos percentuais.

Superávit

O superávit primário atingiu 84,8 bilhões de reais (5,3% do PIB) de janeiro a novembro e 80,7 bilhões (4,6% do PIB) nos últimos doze meses. O BC ressalta que a meta fiscal junto ao Fundo Monetário Internacional para todo o ano de 2004 é um saldo positivo de 71,5 bilhões de reais sem contar os pagamentos com juros.

Os gastos com juros nos 11 meses de 2004 somaram 116,7 bilhões de reais (7,3% do PIB). Assim, no acumulado do ano o déficit nominal foi de 2% do PIB, ou 31,9 bilhões de reais, ante 4,7% ou 66 bilhões em mesmo período de 2003.

Em novembro, o resultado primário do setor público consolidado foi superavitário em 6,9 bilhões de reais. Todos os segmentos do setor público contribuíram para o resultado, informa o BC. O governo central com 2,5 bilhões de reais; os estados e municípios com 1,4 bilhão e as estatais com 2,9 bilhões de reais.