Economia

Petros recupera R$ 37,6 mi de investimento no FIP Enseada

A Petros explicou que o montante recebido a título de ressarcimento corresponde ao aporte total, com correção do IPCA mais 6%

Petrobras: a fundação destaca ainda que o FIP em questão foi alvo de avaliação interna para que fossem apuradas eventuais irregularidades (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: a fundação destaca ainda que o FIP em questão foi alvo de avaliação interna para que fossem apuradas eventuais irregularidades (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 14h36.

São Paulo - A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, recebeu R$ 37,6 milhões como ressarcimento da perda do investimento em 25% das cotas do FIP Enseada, fundo de participações constituído em 2010 para investir na Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), o qual foi criado para viabilizar o retorno da marca Gradiente ao mercado.

Esse valor, segundo a fundação, faz parte do acordo que o Ministério Público Federal (MPF) fechou com a BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e o Bradesco Asset Management (Bram), que era na época administradora e gestora do FIP, para cobrir prejuízos causados aos fundos de pensão que aplicaram recursos no ativo, segundo nota divulgada à empresa.

A Petros explicou que o montante recebido a título de ressarcimento corresponde ao aporte total, com correção do IPCA mais 6%, até o dia 09 de novembro. "O investimentoem FIP Enseada estava totalmente concentrado no Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) - de benefício definido, e já havia sido provisionado como perda contábil",segundo o documento.

"Desde que assumimos, em setembro de 2016, estamos colaborando com o MPF e demais autoridades competentes no que tange às investigações sobre investimentos dos fundos de pensão. Também intensificamos o trabalho de apuração interna em busca da recuperação de recursos que, no passado, foram destinados a investimentos que não performaram como o esperado, sempre no melhor interesse dos participantes, que são os verdadeiros donos do patrimônio da Fundação", destaca, na mesma nota, o presidente da Petros, Walter Mendes.

A fundação destaca ainda que o FIP em questão foi alvo de avaliação interna para que fossem apuradas eventuais irregularidades. A fundação frisa ainda que os R$ 37,6 milhões que entraram no caixa do PPSP não interferem no valor do equacionamento do déficit acumulado em 2015 no PPSP, uma vez que o recebimento ocorre após a divulgação do balanço anual daquele ano, mas que, por outro lado, poderá contribuir para reduzir a chance de novos equacionamentos futuros.

Acompanhe tudo sobre:PetrosPrejuízo

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups