Petróleo chegou a subir mais cedo, mas não mostra fôlego e opera agora com sinal negativo (Regis Duvignau/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de abril de 2018 às 09h04.
Londres - O petróleo chegou a subir mais cedo, mas não mostra fôlego e opera agora com sinal negativo. Mesmo a melhor perspectiva comercial entre Estados Unidos e China não é suficiente para apoiar os contratos, ao menos por enquanto. O dólar um pouco mais forte ante moedas fortes tende a conter o apetite dos investidores.
Às 8h05 (de Brasília), o petróleo WTI para maio caía 0,33%, a US$ 63,16 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuava 0,31%, a US$ 67,81 o barril, na ICE.
Os preços recuaram às mínimas em dois meses na quarta-feira, em meio à escalada de tensões comerciais entre EUA e a China. Os contratos, porém, reduziram perdas, após o relatório semanal de estoques da commodity nos EUA na última semana.
O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo dos EUA recuaram 4,6 milhões de barris na última semana, a maior queda semanal desde janeiro, contrariando a previsão dos analistas, de alta de 1 milhão de barris.
Analistas do ING Bank disseram que os números de exportações dos EUA foram mais fortes, enquanto aumentou também a taxa de utilização das refinarias.
Ao mesmo tempo, os preços do petróleo são apoiados pela melhora do sentimento nos mercados, diante de sinais de que a disputa comercial entre EUA e China perdeu fôlego, segundo analistas do Commerzbank.
Os observadores do mercado temem ainda uma guerra comercial. Nesse caso, a economia global sofreria e os mercados acionários teriam fortes quedas, o que derrubaria também os preços do petróleo, segundo Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates.
Agora, há expectativa pelo relatório da Baker Hughes, na sexta-feira, com o número de poços e plataformas de atividade de petróleo nos EUA na última semana. Fonte: Dow Jones Newswires.