Economia

Petróleo fecha em forte queda, após Trump reclamar do preço da commodity

Produto teve quedas entre 3,11% e 3,52% depois de presidente norte-americano dizer à Opep "relaxe e vá com calma" em relação aos preços

Trump: Fala do presidente influenciou no valor do produto no mercado internacional (Mark Wilson / Equipa/Getty Images)

Trump: Fala do presidente influenciou no valor do produto no mercado internacional (Mark Wilson / Equipa/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 17h45.

São Paulo - O petróleo chegou a oscilar perto da estabilidade mais cedo nesta segunda-feira, 25, porém recuou com força após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reclamar do preço "elevado" e pedir para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) "vá com calma" em sua estratégia para apoiar a commodity.

O petróleo WTI para abril fechou em baixa de 3,11%, a US$ 55,48 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 3,52%, a US$ 64,76 o barril, na ICE.

"Os preços do petróleo estão ficando muito elevados", reclamou Trump em sua conta no Twitter.

Segundo ele, a Opep deve ser cuidadosa na questão. "O mundo não pode aguentar um salto no preço - frágil!", comentou, aparentemente referindo-se ao quadro econômico atual.

Os EUA são aliados próximos da Arábia Saudita, importante liderança na Opep, por isso a mensagem gerou especulações entre investidores de que o cartel possa evitar cortes na oferta ou influenciar os preços em demasia. Essa avaliação levou os contratos para baixo, mesmo em um dia de maior apetite por risco em geral nos mercados, com otimismo sobre as negociações comerciais entre americanos e chineses.

De acordo com reportagem do Wall Street Journal, fontes sauditas e de outros países da Opep comentaram que, mesmo com a postura dos EUA, devem apoiar a continuidade nas restrições à produção de petróleo, em uma reunião prevista para abril.

Além disso, Riad tem pressionado Rússia e Nigéria nos últimos dias, após as duas nações não cumprirem suas cotas no corte combinado anteriormente. De qualquer forma, nos mercados prevaleceu nesta segunda-feira a leitura de que a mensagem explícita de Trump pode conter o ímpeto do grupo para apoiar os preços.

Os contratos podem ainda ter sido pressionados por uma correção após ganhos recentes. O WTI, por exemplo, vinha de oito sessões consecutivas de alta. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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