Economia

Petróleo fecha em alta após Total deixar o Irã apoiado em EUA e China

Os contratos mais líquidos de petróleo avançaram diante de indicações de que as sanções de Washington sobre Teerã começam a fazer efeito

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em outubro fechou em alta de 0,32%, a US$ 65,42 por barril (Darrin Zammit Lupi/Reuters)

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em outubro fechou em alta de 0,32%, a US$ 65,42 por barril (Darrin Zammit Lupi/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 18h41.

São Paulo - O petróleo fechou em alta a sessão desta segunda-feira, 20, diante da saída da petrolífera Total do Irã, que pode pesar sobre a oferta, ainda apoiado pela retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O fim de uma disputa legal entre a ConocoPhillips e a venezuelana PDVSA, que pode liberar ativos da companhia latino-americana, também ficou no radar dos investidores.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em outubro fechou em alta de 0,32%, a US$ 65,42 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para outubro avançou 0,52%, para US$ 72,21.

Os contratos mais líquidos de petróleo avançaram diante de indicações de que as sanções de Washington sobre Teerã começam a fazer efeito, o que pode prejudicar a oferta global. O governo iraniano afirmou mais cedo que a petrolífera francesa Total desistiu de investir no país persa, deixando para trás um acordo de US$ 5 bilhões, com duração prevista de 20 anos, no campo de gás natural offshore South Pars.

Também apoia os preços a retomada das negociações comerciais entre os EUA e a China, que estão previstas para ocorrer até quarta-feira.

Em novembro, inclusive, espera-se um encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping. As conversas amenizam as preocupações de investidores com a redução na demanda das duas maiores economias do mundo.

Agentes também observaram de perto a Venezuela, depois que o governo anunciou medidas para estabilizar a economia. Na noite da sexta-feira, o presidente Nicolás Maduro elevou os salários em quase 6.000% e desvalorizou a moeda local, o bolívar, em 96%.

Ao mesmo tempo, a petrolífera americana ConocoPhillips informou nesta segunda que resolveu uma longa disputa legal com a estatal de petróleo da Venezuela, a PDVSA. Como parte do acordo, a ConocoPhillips afirmou que suspenderá outras ações legais contra a PDVSA, o que poderia levar à liberação de alguns ativos companhia venezuelana, incluindo suprimentos de petróleo.

Os preços do óleo também reagiram brevemente à informação de que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano anunciou, em um comunicado em seu site (veja aqui), que 11 milhões de barris da reserva estratégica serão vendidos.

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