A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, disse que os números são justificados pela redução da produção e exportação nacionais e pelo aumento da demanda de importação de petróleo para refino (REUTERS/Bruno Domingos)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2013 às 17h48.
Brasília - A balança comercial de petróleo e derivados explica o resultado ruim do comércio exterior brasileiro neste ano. Apesar do impacto negativo da crise internacional nas vendas brasileiras, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a balança comercial seria superavitária neste início de ano, excluindo os dados do petróleo e derivados.
O déficit na balança de petróleo de janeiro a maio é de US$ 11,039 bilhões, resultado de exportações de US$ 8,289 bilhões e importações de US$ 19,327 bilhões. De janeiro a maio de 2011, este déficit foi de US$ 1,286 bilhão e, no mesmo período de 2012, de US$ 1,892 bilhão.
É verdade que parte do resultado negativo deste ano é explicado pela regularização de US$ 4,589 bilhões em importações da Petrobras, feitas em 2012 mas registradas apenas este ano. Ainda assim, excluindo essas operações, o déficit de 2013 seria muito superior ao de anos anteriores.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, disse que os números são justificados pela redução da produção e exportação nacionais e pelo aumento da demanda de importação de petróleo para refino. As exportações nos cinco primeiros meses deste ano registram queda de 40,7% sobre o mesmo período de 2012. Por outro lado, as importações cresceram 22%, pelo conceito de média diária.
A secretária declarou ainda que, excluindo as exportações de petróleo, as vendas externas teriam um crescimento de 3,7% em relação ao ano passado, um novo recorde para o período. Ainda sem os números do petróleo, a balança comercial sairia de um déficit de US$ 5,4 bilhões para um superávit de US$ 5,6 bilhões.