Economia

Petróleo deve passar de US$100 por barril e coloca culpa em Trump, diz Irã

Irã, terceiro maior produtor da Opep, está enfrentando sanções dos EUA contra exportações de petróleo que estão levando compradores a cortar negociações

Donald Trump: presidente voltou a acusar a Opep de aumentar os preços da gasolina na quarta-feira (Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: presidente voltou a acusar a Opep de aumentar os preços da gasolina na quarta-feira (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2018 às 16h04.

Londres - O petróleo deverá em breve ultrapassar os 100 dólares por barril devido a problemas na oferta causados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse o governador do Irã na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) à Reuters nesta quinta-feira, alertando que as expectativas de que sauditas e russos vão ajudar a reduzir as cotações são em vão.

Trump voltou a acusar a Opep de aumentar os preços da gasolina na quarta-feira e exigiu que os aliados dos EUA, como Arábia Saudita, produzam mais se quiserem que Washington continue a protegê-los contra o rival Irã.

O Irã, terceiro maior produtor da Opep, está enfrentando sanções dos EUA contra suas exportações de petróleo que estão levando alguns compradores a cortar as negociações.

O governador do Irã na Opep, Hossein Kazempour Ardebili, disse à Reuters que Trump "deveria ter esperado" que o bloqueio ao acesso do Irã aos mercados terminaria por torná-lo "refém da Arábia Saudita e da Rússia", que segundo ele possuem pouco interesse em baixar os preços.

"A responsabilidade por pagar preços desnecessários pelo petróleo, para todos consumidores de todo o mundo, especialmente nos postos de gasolina dos EUA, recai somente sobre seus (Trump) ombros e um preço acima dos 100 dólares ainda está por vir", disse Kazempour.

Trump tem se queixado da Opep ao mesmo tempo em que os EUA pressionam aliados europeus para que parem de comprar petróleo do Irã.

O Irã ameaçou bloquear exportações de petróleo por uma crucial passagem no Golfo em retaliação contra qualquer ação hostil por parte dos EUA.

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