Refinaria de Paulínia da Petrobras: cerca de 300 pessoas participaram da votação na portaria da unidade em Paulínia, segundo Sindipetro (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2013 às 14h22.
Campinas - Os funcionários da Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo, decidiram em assembleia na porta da unidade, na manhã desta quarta-feira, 23, voltar ao trabalho depois de sete dias parados.
Os petroleiros (cerca de 500) retomarão as atividades às 15h30, quando ocorre a troca de turno. Cerca de 300 pessoas participaram da votação na portaria da unidade, em Paulínia, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro).
Dos presentes, 83% aceitaram a nova proposta feita pela Petrobras e 84% decidiram pelo término da greve. A empresa aumentou de 8% para 8,56% o reajuste na remuneração mínima, o equivalente entre 1,82% a 2,3% de ganhos reais e garantiu que não vai descontar os dias parados.
"O resultado da greve foi muito bom. Fomos a categoria que mais conseguiu aumento. Nossa greve também era política, contra o leilão do campo de Libra, do pré-sal. Nesse sentido, não barramos o leilão, mas colocamos o assunto em pauta, até a presidente (Dilma Rousseff) falou sobre algo que estava escondido", afirmou Itamar Sanches, coordenador geral do Sindipetro, em Campinas.
Produção
A produção na Replan, maior refinaria da Petrobras do país, não chegou a ser afetada porque parte dos funcionários concordou em manter em atividade o refino - a unidade é uma das mais automatizadas da empresa.
"A greve atrasou a inauguração da terceira unidade de refino, que aconteceria no dia 18, com a presença da presidente Dilma. Ela já estava há 15 dias esquentando. Um dia parado representa mais de 1 milhão de dólares", afirmou Sanches. "Só essa nova unidade vai representar 50% da produção total da Replan."