Economia

Petroleiros conseguem parar duas refinarias

Sindicato obteve uma liminar na Justiça garantindo a saída dos petroleiros que trabalhavam há mais de 12 horas na Refinaria Duque de Caxias

Em greve, menos da metade dos petroleiros da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, está trabalhando (Tânia Rego/ABr)

Em greve, menos da metade dos petroleiros da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, está trabalhando (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2013 às 17h44.

Rio de Janeiro - Os petroleiros completam hoje (20) o quarto dia de paralisação da greve nacional por tempo indeterminado convocada contra o leilão do Campo de Libra, na camada do pré-sal; pelo acordo coletivo de trabalho que está em negociação com a Petrobras; e contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, em tramitação na Câmara dos Deputados, que pretende expandir a terceirização da mão de obra no país.

O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, obteve no final do dia de ontem (19) uma liminar na Justiça que garante a saída dos petroleiros que estavam trabalhando há mais de 12 horas na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). A decisão da Justiça determina que, caso os trabalhadores permanecessem após esse período no local de trabalho, a Petrobras seria obrigada a pagar multa de R$ 10 mil por hora, por trabalhador.

Os petroleiros começaram a deixar o local de trabalho na noite passada e entregaram a produção às equipes de contingência da Petrobras, formada por gerentes, supervisores e engenheiros, que têm função gratificada, e passaram a exercer a operação das unidades.

De acordo com o presidente do sindicato, Simão Zanardi, duas unidades da Reduc estão completamente paralisadas: a unidade de parafina, que serve para o uso de produtos parboilizados, como o arroz e outros tipos de alimentos, e também na indústria de tinta, borracha e pneus; e ainda a unidade de destilação de óleo lubrificante.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antonio Moraes, disse que os petroleiros vão priorizar uma manifestação para amanhã, entre 8 e 9 horas, em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, onde os petroleiros estão acampados. Moraes disse que uma manifestação nas proximidades do hotel onde ocorrerá o leilão, no Rio, é praticamente impossível, "devido ao uso da tropa de guerra montada pelo Exército".

O dirigente disse ainda que a Petrobras convocou para amanhã às 10h, na sede da empresa no Rio, uma reunião para tratar da data-base dos petroleiros. No documento, a Gerência de Recursos Humanos da estatal informa que apresentará nova proposta para o acordo coletivo de trabalho 2013.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16,53%. A Petrobras ofereceu até agora um aumento de 6,09% (variação do IPCA) no salário-base, além de 7,68% na remuneração mínima por nível e regime (RMNR) e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior.

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