Economia

Petrobras volta a subir preços do diesel e da gasolina

Preços médios nas refinarias serão de R$ 2,64 por litro para a gasolina e R$ 2,76 por litro para o diesel a partir de sexta-feira

A gasolina é um dos itens que mais impacta a economia. (Alexandre Battibugli/Exame)

A gasolina é um dos itens que mais impacta a economia. (Alexandre Battibugli/Exame)

AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de abril de 2021 às 14h40.

Na véspera da nomeação do general Joaquim Silva e Luna como presidente da estatal, a Petrobras anunciou alta nos preços da gasolina e do diesel hoje. Os novos valores passam a valer a partir de sexta-feira, 16.

A política vai seguir dando o tom na bolsa? Vai. E você pode aproveitar as oportunidades. Assine gratuitamente a EXAME Invest Pro

Segundo a estatal, o diesel teve alta média por litro de R$ 0,10 . Assim, passará de um preço médio de R$ 2,66 para R$ 2,76. Esse é o sexto aumento desde janeiro. No ano, o diesel acumula alta de 36,6% nas refinarias.

O litro da gasolina subiu R$ 0,05 por litro, passando de R$ 2,59 para R$ 2,64. Esse é o sétimo aumento do ano. Assim, no acumulado do ano a gasolina acumula alta de 43,4% nas refinarias.

Em nota, a Petrobras disse que o "alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".

A estatal esclareceu que "os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo". Isso possibilita, informou a empresa, "competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos".

No dia cinco de abril, a Petrobras elevou o preço do gás às distribuidoras em até 39%. A alta começa a valer a partir de maio. O reajuste será repassado ao consumidor final, embora não na mesma proporção, segundo a associação que reúne as distribuidoras.

O aumento nos preços dos combustíveis a partir de meados de fevereiro gerou um desgaste entre o então presidente da estatal Roberto Castello Branco e Jair Bolsonaro. Insatisfeito, Bolsonaro demitiu Castello Branco e nomeou Silva e Luna para o cargo.

Política de preços

Silva e Luna foi eleito membro do Conselho de Administração na última segunda-feira em assembleia de acionistas. A expectativa, segundo fontes, é que o general adote algum tipo de mudança na política de preços em relação à antiga gestão.

Silva e Luna já está no Rio e vem trabalhando presencialmente na estatal, no Centro da cidade. Uma das primeiras decisões da nova gestão é reavaliar o home office em maio deste ano para os cerca de 20 mil funcionários. A data de avaliação do home office já estava marcada e será mantida, mas a diretoria deverá voltar logo a trabalhar na sede da petroleira.

Acompanhe tudo sobre:GasolinaÓleo dieselPetrobraspostos-de-gasolina

Mais de Economia

Alckmin entra hoje no terceiro dia de conversas com setores afetados por tarifa de Trump

Índice Big Mac: real está 28,4% subvalorizado e tarifas de Trump já pressionam consumidores globais

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado