Economia

Petrobras vê novo nível do petróleo e reajuste de preço

Graça Foster disse que "há um novo patamar de preço" do petróleo e que "está certo" que em 2012 haverá repasse do valor para os combustíveis

Foster: "Não se pode repassar as tensões políticas aos preços, mas é fato que o preço do petróleo está em outro patamar... em determinado momento, há de se fazer o repasse para os combustíveis" (Roosewelt Pinheiro/ABr)

Foster: "Não se pode repassar as tensões políticas aos preços, mas é fato que o preço do petróleo está em outro patamar... em determinado momento, há de se fazer o repasse para os combustíveis" (Roosewelt Pinheiro/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 12h44.

Rio de Janeiro - A Petrobras trabalha com preço do petróleo até o final do ano de 119 dólares o barril, um novo patamar, o que deverá levar a um reajuste de preço dos combustíveis no Brasil ainda este ano, disse a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, durante uma palestra no Rio.

O petróleo Brent é negociado em torno de 118,5 dólares o barril.

Em seu plano de negócios 2011-2015, divulgado em 2011, a Petrobras trabalhou com uma estimativa de preço para o petróleo Brent entre 80 a 95 dólares o barril de 2012 em diante. O novo plano (2012-2016) não foi divulgado.

Graça Foster, como prefere ser chamada a presidente da Petrobras, disse que "há um novo patamar de preço" do petróleo e que "está certo" que em 2012 haverá repasse do valor para os combustíveis.

"Expectativa de reajuste, se será em um, dois, três ou seis meses, eu não sei", declarou ela, ao responder pergunta após a palestra.

Ela acrescentou ainda que está "sistematicamente conversando com o controlador (da empresa, o governo)" sobre reajuste de combustível.

O governo, em geral, busca evitar algum repasse de preços de combustível, temendo o impacto inflacionário. Já a Petrobras tem a política de não repassar a volatilidade dos mercados internacionais para os preços do derivados.

No início de março, Graça Foster disse que trabalhava com a possibilidade de os preços do petróleo perderem força, o que indicava na época que não haveria necessidade de repasse.

"Não se pode repassar as tensões políticas aos preços (do combustíveis), mas é fato que o preço do petróleo está em outro patamar... em determinado momento, há de se fazer o repasse para os combustíveis", completou ela.

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