Economia

Petrobras vai redobrar cuidado com indicadores financeiros

Graça Foster lembrou que, até 2020, a Petrobras vai dobrar a produção diária de barris de petróleo – hoje em 2 milhões por dia


	Graça Foster: presidente da Petrobras considera natural que haja interesse mundial sobre as atividades da empresa
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Graça Foster: presidente da Petrobras considera natural que haja interesse mundial sobre as atividades da empresa (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 17h01.

Brasília – A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (8), que a direção da estatal vai redobrar os cuidados com os indicadores financeiros como resposta ao rebaixamento da nota que a empresa sofreu na semana passada pela agência de classificação de risco Moody's.

A Petrobras passou da nota A3 para Baa1, depois da análise de dois critérios: o primeiro considera o grau de endividamento da empresa em relação ao dinheiro em caixa e o segundo, a possibilidade da empresa manter fluxo negativo de caixa ao longo dos próximos anos.

“Ninguém gosta de ganhar nota baixa”, disse Graça, depois de participar de uma sessão solene no Congresso Nacional em homenagem aos 60 anos da Petrobras, completados no último dia 3. Mesmo mesmo reconhecendo os motivos da avaliação negativa, Graça ressaltou que a Petrobras ainda é a mais bem avaliada empresa brasileira. "É um alerta, e a Petrobras está atenta a todas as suas melhorias e necessidades”, afirmou a presidente da empresa.

Graça Foster lembrou que, até 2020, a Petrobras vai dobrar a produção diária de barris de petróleo – hoje em 2 milhões por dia. Ainda assim, a presidente da Petrobras disse que a empresa não deve chegar à média da meta estipulada para este ano, como já tinha alertado nos primeiros meses de 2013. “Mas ainda é cedo para falar de meta cumprida ou não cumprida”, completou.

A presidente da Petrobras considera natural que haja interesse mundial sobre as atividades da empresa e disse que, muitas vezes, a curiosidade não se revela apenas em atos de espionagem, como os que foram denunciados recentemente.

“Independentemente da espionagem, o próprio volume de reservas [de petróleo] do Brasil e sua capacidade objetiva de produzi-lo motivam o interesse mundial. Sem dúvida, as reservas que temos são expressivas, se comparadas às reservas internacionais, e é fato inequívoco que estamos, sim, produzindo o pré-sal. Mas isso se dá de forma direta. A Petrobras é muito procurada pelas empresas”, enfatizou.

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