Economia

Petrobras sobe preço da gasolina pela 4ª vez no ano; diesel tem 3ª alta

Litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,7% no mesmo período

Petrobras: No último mês, a estatal foi criticada pelos caminhoneiros por supostamente reajustar demais o preço do diesel (Diego Vara/Reuters)

Petrobras: No último mês, a estatal foi criticada pelos caminhoneiros por supostamente reajustar demais o preço do diesel (Diego Vara/Reuters)

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André Martins

Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 11h17.

A Petrobras confirmou nesta quinta-feira, 18, o reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias, que ficarão R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros a partir da sexta-feira, 19. Com mais esse reajuste, o litro da gasolina passará a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58.

Em comunicado, a Petrobras enfatizou que mantém os seus preços alinhados aos do mercado internacional, o que, segundo a estatal "é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".

Com os novos aumentos, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,72% no mesmo período.

É a quarta alta do ano nos preços da gasolina, e a terceira no valor do litro do diesel. Em dezembro, o litro da gasolina custava em média R$ 1,84. Já o do diesel saía a R$ 2,02.

A companhia diz ainda que, em 2020, reduziu os preços em suas refinarias ao acompanhar as oscilações externas.

No último mês, a Petrobras foi criticada pelos caminhoneiros por supostamente reajustar demais o preço do diesel.

Ao mesmo tempo, um grupo de importadores reclama que a empresa está vendendo gasolina e diesel a preços muito baixos se comparado aos do mercado internacional, o que estaria comprometendo a concorrência.

A estatal, no comunicado desta quinta, em que anuncia o reajuste mais uma vez enfatiza os seus argumentos de que mantém a política de paridade internacional, o que permitiria a competição no comércio interno.

Além disso, reafirma que o preço nas suas refinarias não é o único componente na formação do valor pago pelos consumidores na bomba. "Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis", afirma.

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