Economia

Petrobras reduz preços da gasolina em 12% e do diesel em 7,5%

Com crise causada por coronavírus, preços do petróleo caíram no mundo

Gasolina: preços dos combustíveis da Petrobras seguem a política da empresa de repassar para o mercado a paridade com o preço internacional (Rodrigo Capote/Getty Images)

Gasolina: preços dos combustíveis da Petrobras seguem a política da empresa de repassar para o mercado a paridade com o preço internacional (Rodrigo Capote/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de março de 2020 às 13h25.

A Petrobras informou que a partir desta quinta-feira, 19, vai reduzir preço da gasolina em 12%, depois de ter anunciado, na semana passada, queda de 9,5% para o combustível. O preço do diesel terá queda de 7,5%, acima da redução de 6,5% ocorrida na semana passada.

Os preços dos combustíveis da Petrobras seguem a política da empresa de repassar para o mercado a paridade com o preço internacional.

Desde o último final de semana, o petróleo acelerou o processo de perda de valor, agravado na terça pela fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de prováveis medidas adicionais para conter o coronavírus,como a proibição de voos vindos do México e Canadá, depois de já ter fechado outras fronteiras.

A notícia afeta ainda mais o fluxo de transporte no mundo, já bastante restrito por causa da pandemia. A gasolina, junto com o diesel e o QAV (querosene de aviação) são responsáveis por 60% do consumo global de petróleo.

A Petrobras informou ainda que vai reduzir o preço do diesel marítimo em 7,7% e das térmicas em 7,6%, para o diesel S500, e em 7,8% para as unidades que utilizam S10.

De acordo com o analista Thadeu Siva, da INTL FCStone, o preço da gasolina caiu R$ 0,1820 e o diesel automotivo R$ 0,1330 nas refinarias.

"Estamos calculando o valor exato da paridade agora, mas a janela de importação segue aberta", disse Silva ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "A redução segue a estratégia de suavizar os movimentos do mercado internacional, repassando aos poucos a queda, o que preserva a margem e evita novos reajustes no caso de uma retomada", explicou.

No início da semana, o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, já havia previsto que, quando o petróleo ultrapassasse a barreira dos US$ 30 o barril, como ocorreu na terça, a estatal teria que anunciar uma nova queda de preços dos combustíveis, o que seria coerente com a sua política de preços baseada paridade internacional.

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