Economia

Petrobras quer manter preço da gasolina estável por até 15 dias

Chamado de mecanismo de hedge, ele será opcional e visa reduzir a volatilidade do preço do combustível sem afetar o resultado financeiro da estatal

Petrobras anunciou hoje (6) um mecanismo financeiro que permitirá manter o preço da gasolina estável por até 15 dias (Paulo Witaker/Reuters)

Petrobras anunciou hoje (6) um mecanismo financeiro que permitirá manter o preço da gasolina estável por até 15 dias (Paulo Witaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 10h21.

Última atualização em 6 de setembro de 2018 às 10h27.

A Petrobras anunciou hoje (6), no Rio de Janeiro, um mecanismo financeiro que permitirá manter o preço da gasolina estável por até 15 dias.

Chamado de mecanismo de hedge, ele será opcional e visa reduzir a volatilidade [variação] do preço do combustível sem afetar o resultado financeiro da estatal.

A nova ferramenta foi anunciada pelo diretor financeiro da Petrobras, Rafael Grisolia, e pelo diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino, que concederam uma entrevista para explicar a decisão.

Preços da gasolina podem ficar estáveis por até 15 dias (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O mecanismo é resultado de uma evolução na precificação de combustíveis no Brasil e não altera a política de preços da Petrobras, disseram.

"Em momentos de maior volatilidade, a gente tem a possibilidade de usar esses instrumentos de modo que o resultado financeiro da companhia não se altere", afirmou Grisolia.

Preços podem ser contidos

Em vez de reajustar os preços diariamente, a Petrobras poderá segurá-los por um período de, no máximo, 15 dias, realizando operações financeiras no exterior.

Ao final do período, o reajuste aplicado será sempre igual ao resultado das variações diárias do barril de petróleo e do câmbio, de modo que a Petrobras mantenha a paridade com os preços no mercado internacional.

Segundo Rafael Grisolia, realizar essa operação por um período maior do que 15 dias impactaria os resultados da Petrobras.

A decisão já foi anunciada para o mercado e está em vigor, segundo os diretores, com o instrumento à disposição da Petrobras a partir de hoje.

Acompanhe tudo sobre:GasolinaPetrobrasPreçosReajustes de preços

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados