Economia

Petrobras quer estar entre as cinco maiores do mundo em 2030

A Petrobras alcançará em 2020 produção de quatro milhões de barris diários e a manterá até 2030


	Plataforma de petróleo: a produção de petróleo da Petrobras crescerá este ano 7,5%, até 2,076 milhões de barris diários
 (Getty Images)

Plataforma de petróleo: a produção de petróleo da Petrobras crescerá este ano 7,5%, até 2,076 milhões de barris diários (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 15h44.

Rio de Janeiro - A Petrobras se impôs como meta estar entre as cinco grandes produtoras de petróleo do mundo em 2030, quando completará uma década com produção média de quatro milhões de barris de petróleo por dia, informou nesta quarta-feira a companhia.

"Nosso propósito é ser uma das cinco maiores produtoras mundiais de petróleo, incluindo também as que não têm ações em bolsa", afirmou a presidente da Petrobras, Graça Foster, em uma teleconferência que detalhou o Plano Estratégico da empresa até 2030 para investidores e acionistas.

A Petrobras alcançará em 2020 produção de quatro milhões de barris diários e a manterá até 2030, mas a executiva esclareceu que se trata de uma média para um período de 10 anos e que a produção pode ser ainda maior em 2030.

"Logicamente haverá altas e baixas, mas não podemos criar expectativas de mínimos ou máximos de produção. Podemos apenas prever uma média", disse.

O próprio Plano de Negócios da companhia para o quinquênio 2014-2018, aprovado ontem à noite pela direção prevê investimentos de US$ 220,6 bilhões para o período, e projeta uma produção maior em 2020.

A produção de petróleo da Petrobras crescerá este ano 7,5%, até 2,076 milhões de barris diários, chegará a 3,2 milhões de barris diários em 2018 e a 4,2 milhões de barris diários em 2020.

O plano de negócios também prevê que a produção de petróleo e gás da empresa saltará de 2,32 milhões de barris diários em 2013 até 3,9 milhões em 2018 e deve chegar a 5,2 milhões em 2020.


O plano também prevê a elevação da capacidade de refino, de 2,124 milhões de barris diários de combustíveis em 2013 até 3,9 milhões de barris diários em 2020 e que manterá essa média até 2030.

O objetivo é garantir a demanda brasileira de combustíveis, prevista em uma média de 3,7 milhões de barris diários entre 2020 e 2030, e manter a liderança da empresa na distribuição de gasolina e diesel no país.

"Com esses aumentos, o Brasil garantirá sua autossuficiência de petróleo em 2015, para quando já não precisará mais importar óleo cru, e a autossuficiência em derivados em 2019, quando não precisará das atuais e crescentes importações de diesel", afirmou Foster.

Para cumprir essas metas, a empresa aprovou ontem à noite um Plano de Negócios 2014-2018, que prevê que 70% dos investimentos no quinquênio serão voltados à exploração e à produção de petróleo.

Os investimentos previstos são 6,8% inferiores aos incluídos no Plano de Negócios 2013-2017 (US$ 236,70 bilhões), pois os recursos em 2013 foram recorde e para este ano se prevê uma diminuição.

"A Petrobras investiu ano passado US$ 104,4 bilhões, valor 24% superior ao de 2012 e o maior na história da companhia", disse Foster.

Para este ano estão previstos investimentos de US$ 94,6 bilhões, uma redução de 9% comparado a 2013.

O investimento em exploração e produção da Petrobras até 2018 chegará a US$ 153,9 bilhões de dólares, e, somado aos dos sócios em diferentes concessões (US$ 44,8 bilhões), ficará em US$ 198,7 bilhões.

Foster explicou que o plano estratégico da Petrobras até 2030 leva em conta novas variáveis, como uma desaceleração prevista da demanda mundial de petróleo, a possível autossuficiência dos Estados Unidos em gás em 2019 com o aumento da produção de gás não convencional no país e uma esperada queda nas importações americanas de combustíveis.

A executiva qualificou como os resultados da empresa no ano passado de "muito animadores". O lucro líquido subiu 11% em relação a 2012 e ficou em R$ 23,57 bilhões.

Foster destacou principalmente as 46 descobertas do ano passado que permitiram elevar as reservas provadas da empresa para 16,6 bilhões de barris.

"Tivemos um sucesso de 75% na perfuração de poços, acima da média mundial, e esse índice foi de 100% no pré-sal", disse.

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