Economia

Petrobras quer aumentar produção em um mi de barris até 2017

"A prioridade da companhia é a prospecção e a produção de petróleo e gás natural", afirmou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster


	O salto na produção será possível pela entrada em operação das plataformas marinhas que a empresa constrói para explorar as concessões no pré-sal
 (Andre Valentim / EXAME)

O salto na produção será possível pela entrada em operação das plataformas marinhas que a empresa constrói para explorar as concessões no pré-sal (Andre Valentim / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 19h23.

Rio de Janeiro - A Petrobras destinará 62% de seus investimentos nos próximos anos à prospecção e à extração para atingir sua meta e aumentar a produção diária de hidrocarbonetos em um milhão de barris, até 3,4 milhões em 2017.

"A prioridade da companhia é a prospecção e a produção de petróleo e gás natural", afirmou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

A executiva detalhou o plano de negócios para o quinquênio 2013-2017 aprovado na semana passada pela direção da companhia e que prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões nos cinco anos.

Do total desse investimento, 62% (US$ 147,5 bilhões) estará destinado à prospecção e à produção, 27% (US$ 64,8 bilhões) ao refino, transporte e distribuição e 4% (US$ 9,9 bilhões) aos segmentos de gás e energia.

"Se queremos elevar nossa produção em um milhão de barris diários nossa prioridade tem que ser a prospecção e a produção", afirmou Graça Foster ao explicar que o investimento em perfuração de poços alcançará US$ 75 bilhões, quase a terceira parte do total.

A Petrobras produziu em 2012 uma média diária de 2,4 milhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural e, apesar de esse volume permanecer inalterado em 2013, a meta da companhia é aumentá-lo até 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020.

Essa meta obrigou a empresa a aumentar o investimento em prospecção e produção de US$ 131,6 bilhões no quinquênio 2012-2016 para US$ 147,5 bilhões no plano deste ano, e a reduzir a destinada ao refino de US$ 77,4 bilhões até US$ 64,8 bilhões.


"Antes de 2017 já teremos concluído as refinarias em execução, por isso podemos dar mais prioridade à produção", declarou Graça Foster ao referir-se a duas plantas de processamento em construção que poderão elevar a capacidade de refino do Brasil de 2 milhões a 2,4 milhões de barris diários.

O salto na produção será possível pela entrada em operação das plataformas marinhas que a empresa constrói para explorar as concessões no pré-sal - 68 % dos investimentos para desenvolvimento da produção do novo plano estão destinados às jazidas descobertas abaixo de uma camada de sal de dois quilômetros de espessura.

Com o investimento concentrado no pré-sal, a participação destas reservas na produção total da Petrobras passará de menos de 10% atualmente para 35% em 2017.

"A Petrobras produz atualmente no pré-sal 300 mil barris diários com apenas 17 poços. Essa produção em 2017 será de um milhão de barris por dia. Em 2020 serão dois milhões por dia. O pré-sal é uma realidade", garantiu Graça Foster.

"O plano de negócios é absolutamente factível tanto do ponto de vista técnico como do financeiro", acrescentou.

Segundo Graça Foster, a maior parte dos investimentos (US$ 164,7 bilhões) será financiada com recursos próprios graças a que, com o aumento da produção, a Petrobras terá em 2017 uma capacidade de geração de caixa de até US$ 50 bilhões anuais.

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