Economia

Petrobras: privatização de controladas não precisará de aval de acionistas

Nova política foi aprovada pelos próprios acionistas em assembleia; presidente da companhia poderá centralizar desinvestimentos

Empresa já havia informado que decisão deveria aumentar eficiência do processo decisório (NurPhoto/Getty Images)

Empresa já havia informado que decisão deveria aumentar eficiência do processo decisório (NurPhoto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2019 às 19h40.

Última atualização em 25 de abril de 2019 às 19h41.

Rio — Os acionistas da Petrobras aprovaram mudanças no estatuto social da empresa, que permitirão a privatização de controladas sem necessitar do aval dos acionistas em assembleia. A decisão passa a ser limitada ao conselho de administração. Além disso, o presidente da companhia passará a centralizar o programa de desinvestimento.

Como informou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no fim de março, o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, ao assumir o programa de desinvestimentos, desempenhará atividade que antes estava sob o guarda-chuva da diretoria Financeira. Já o conselho de administração, ao ser definido como última instância de aprovação de um possível processo de venda do controle de empresas do grupo, substituirá a assembleia de acionistas.

A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou ao Broadcast no mês passado que "as propostas de alterações visam reforçar o caráter estratégico do conselho de administração e aumentar a eficiência do processo decisório". Sobre o poder que será dado ao conselho de dar a palavra final sobre privatizações, a empresa afirmou que esse modelo de gestão "se encontra em linha com a legislação aplicável à Petrobras, em especial à Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), e com a prática do mercado".

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