Economia

Petrobras planeja entrar em leilão de Libra com chinesas

Segundo fontes, companhia se prepara para entrar no leilão com pelo menos 40% de participação no bloco


	Operador da Petrobras: petroleiras continuam se comunicando em busca de formação de consórcio para a licitação
 (Rich Press/Bloomberg)

Operador da Petrobras: petroleiras continuam se comunicando em busca de formação de consórcio para a licitação (Rich Press/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 23h40.

Rio de Janeiro - A Petrobras se prepara para entrar no leilão de Libra com pelo menos 40 por cento de participação no bloco, em consórcio formado com as estatais chinesas CNOOC e CNPC , afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.

Outras seis empresas das que se inscreveram e pagaram as garantias para participar da primeira rodada de licitações do pré-sal ainda se articulavam para tentar disputar a área de Libra nestes últimos dias que antecedem o certame, disse a fonte à Reuters, sem revelar os nomes das companhias.

Outra fonte consultada pela Reuters disse que as petroleiras continuam se comunicando em busca de formação de consórcio para a licitação, em um movimento que deve continuar até dia 21, segunda-feira, quando acontece o leilão de Libra.

A Repsol Sinopec (parceria entre a espanhola Repsol e a chinesa Sinopec) não ficaria no consórcio da Petrobras por incompatibilidades entre elas, disseram as duas fontes. Ainda há dúvidas se a Repsol Sinopec poderá constituir um outro consórcio, que seria concorrente ao formado pela Petrobras.

A anglo-holandesa Shell também não faria parte do mesmo consórcio com a Petrobras, disse a primeira fonte.

A presença de interessados em explorar o volume de 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis em Libra é tida como certa por especialistas do setor de óleo e gás, ainda que com a possibilidade de pouca concorrência.

As empresas disputarão até 70 por cento da participação de Libra, já que a Petrobras será a operadora da área com no mínimo 30 por cento de participação em qualquer consórcio que ficar com a área, mesmo em eventuais grupos formados inicialmente sem a estatal brasileira.


Bônus

O importante para o governo, de acordo com avaliação de outros dois executivos do setor que também falaram sob condição de anonimato, é receber o bônus de 15 bilhões de reais e contar com a presença das asiáticas para realizar os pesados investimentos necessários ao desenvolvimento da área gigante de Libra.

Outras empresas que se inscreveram para o certame incluem a japonesa Mitsui, a indiana ONGC, a malaia Petronas , a colombiana Ecopetrol, a francesa Total e a Petrogal (associação da portuguesa Galp com a Sinopec).

Para a Petrobras, menos concorrência no leilão seria positivo, porque mais disputa implicaria maior agressividade das propostas e menor retorno financeiro.

Em um modelo de licitação em que o bônus é fixo, quem oferecer a maior parcela de óleo à União ganhará a licitação. A parcela mínima que caberá ao governo federal é de 41,65 por cento do petróleo de Libra, descontados os custos de produção.

Libra deverá atingir um pico de produção de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) entre 10 a 15 anos depois da assinatura do contrato, estimou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta semana.

Para alcançar esse pico, serão necessários de 12 a 18 plataformas e entre 60 a 80 barcos de apoio.

Acompanhe tudo sobre:Campo de LibraCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoLeilõesPetrobrasPetróleoPré-sal

Mais de Economia

Países da Opep decidem aumentar produção de petróleo em junho, diz agência

Novo sistema de arrecadação da reforma tributária entra em fase de testes em junho

Após crise por fraude no INSS, Carlos Lupi entrega cargo de ministro da Previdência

13º do INSS: pagamento para que ganha acima de um salário mínimo começa nesta sexta-feira