Economia

Petrobras eleva preço do diesel em 3% em meio à alta do petróleo

Preço do combustível subiu nas refinarias, mas da gasolina ficou estável

Diesel: último reajuste no diesel — combustível mais comercializado do Brasil — ocorreu em 4 de dezembro (Mark Renders/Getty Images)

Diesel: último reajuste no diesel — combustível mais comercializado do Brasil — ocorreu em 4 de dezembro (Mark Renders/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 15h40.

Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 15h43.

Rio de Janeiro — A Petrobras elevará o preço médio do diesel em suas refinarias em 3% a partir de sábado, afirmou à Reuters a petroleira estatal nesta sexta-feira, em meio a um avanço do preço do petróleo no mercado internacional.

Na véspera, os preços do petróleo atingiram os maiores níveis em três meses, impulsionados pela diminuição dos estoques nos EUA e pela redução das tensões comerciais entre EUA e China. Nesta sexta, as cotações caminham para a terceira semana seguida de ganhos.

O preço da gasolina, em contrapartida, será mantido, de acordo com a estatal.

O último reajuste no diesel — combustível mais comercializado do Brasil — ocorreu em 4 de dezembro, quando atingiu uma máxima de desde o fim de setembro.

As informações sobre o reajuste deste sábado já foram informadas às distribuidoras de combustíveis pela Petrobras. Mas a tabela com os novos preços ainda não foi atualizada no site da companhia.

O chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, que teve acesso aos dados, afirmou que dessa vez o reajuste não foi linear, com um ajuste diferente a depender dos pontos de venda da petroleira, diferente de ocasiões anteriores.

"Algumas praças ficaram com paridade de importação, têm abertura para entrar produto importado com margem, e outras ainda continuam negativas. As alterações estão bem diferentes entre as praças... estrategicamente ela está favorecendo a entrada de importado mais em algumas praças do que em outras", afirmou Silva.

"Sem o aumento, o mercado brasileiro poderia ficar apertado de produto em razão da falta de paridade com o mercado externo."

A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos é imediato e depende ainda de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

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