Economia

Petrobras deve se normalizar após balanço auditado, diz Levy

O ministro se reuniu com um grupo de analistas, executivos e integrantes de organismos multilaterais em Washington


	Joaquim Levy: segundo ele, o maior desafio da companhia é vencer o "impasse contábil" criado pela dificuldade de contabilizar os desvios
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy: segundo ele, o maior desafio da companhia é vencer o "impasse contábil" criado pela dificuldade de contabilizar os desvios (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 06h13.

Washington - O impacto da crise da Petrobras sobre a economia brasileira e os desafios do ajuste das contas públicas dominaram as dúvidas do grupo de analistas, executivos e integrantes de organismos multilaterais que se reuniu nesta terça-feira, 17, em Washington com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Em suas respostas, ele disse que a presidente Dilma Rousseff está comprometida com a meta de 1,2% de superávit primário neste ano e que a situação da maior empresa brasileira deverá se normalizar depois da publicação de seu balanço auditado.

"A Petrobras está indo em uma boa direção", disse o ministro em uma rápida entrevista depois do evento, realizado no Brazil Institute do Wilson Center.

Segundo ele, o maior desafio da companhia é vencer o "impasse contábil" criado pela dificuldade de contabilizar os desvios investigados pela operação Lava Jato.

Levy afirmou que esse obstáculo "está sendo superado", mas não fez uma previsão de quando o balanço deverá ser divulgado.

"A Petrobras está indo numa boa direção. A mudança recente da administração vai facilitar a aceleração de algumas das coisas que já vinham sendo encaminhadas pela administração anterior", afirmou.

Em sua avaliação, a perspectiva favorável para a companhia é reforçada pelo aumento recente da produção de petróleo e um resultado operacional mais positivo.

"Em última instância, isso que é importante, produzir mais para poder lucrar mais."

Em sua apresentação, fechada à imprensa, Levy elogiou o novo diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, segundo relato de pessoas presentes.

Em um esforço para resgatar a credibilidade da política econômica brasileira, o ministro disse que é possível atingir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano, mesmo depois do déficit de 0,6% registrado em 2014. Mas ressaltou a necessidade de as decisões serem tomadas "com presteza".

"Há compromisso bastante forte da presidente e de todo mundo de fazer essa meta. Nós estamos tomando as ações requeridas para chegar lá. É o que chamaria esforço fiscal, mas acho que está dentro da capacidade do Brasil", declarou na entrevista.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da Petrobraseconomia-brasileiraEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoJoaquim LevyOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Estamos performando melhor, diz Haddad sobre descongelamento de R$ 1,7 bi do Orçamento

Free Flow: a revolução do transporte rodoviário no Brasil

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025