Economia

Petrobras deve elaborar nova política de preços

De acordo com Henrique Meirelles, a estatal discute uma maneira de que um aumento no mercado internacional não venha a prejudicar o consumidor

Gasolina;etanol; preços (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Gasolina;etanol; preços (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 6 de março de 2018 às 13h18.

Última atualização em 6 de março de 2018 às 14h32.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira que o governo está discutindo com a Petrobras uma nova política de preços de maneira que um aumento no mercado internacional não venha a prejudicar o consumidor e, por outro lado, uma queda muito grande não faça o mesmo com a estatal.

Em entrevista à rádio CBN de Ribeirão Preto, Meirelles também avaliou que é necessário rever a questão da remuneração do produtor do álcool, mas ressalvou que o governo do presidente Michel Temer não faz controle artificial de preços, descartando qualquer investida nesse sentido.

"Tão logo tenhamos uma nova política de preços definida nós vamos anunciar", afirmou Meirelles.

"Este governo não faz controle artificial de preços. Isso aí não existe. Isso foi uma política mal sucedida do governo anterior que quase quebrou a Petrobras e prejudicou o governo como um todo. Isso não será feito", completou.

O ministro afirmou que apesar de eventuais pressões inflacionárias, como a ligada ao gás de cozinha, o IPCA está baixo e deverá terminar este ano abaixo da meta do governo para a inflação, de 4,5 por cento.

Depois de não ter descartado subsídio para gás de cozinha mais cedo neste ano, Meirelles disse nesta terça-feira que a questão do gás também será analisada e divulgada quando houver alguma conclusão.

"É uma questão que envolve por exemplo impostos dos Estados que incidem sobre combustíveis, aí envolve todos os governadores. Envolve também toda essa questão das distribuidoras de gás."

Política

Durante a entrevista, Meirelles defendeu a necessidade da continuidade de reformas econômicas para assegurar o crescimento do país e disse achar pouco provável que a população escolha nas eleições deste ano candidatos "que vão aplicar políticas que já fracassaram no Brasil".

"Se o país voltar a fazer políticas erradas vai entrar em recessão de novo", afirmou.

Sobre sua própria candidatura, o ministro voltou a dizer que anunciará sua decisão sobre a entrada ou não na corrida presidencial até o início de abril.

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