Economia

Perspectivas são altamente incertas e empresas estão pessimistas, diz Fed

Uma pesquisa do Livro Bege do Fed apontou que nas últimas semanas a atividade econômica continuou em queda acentuada em todas as regiões do país

Fed: dados do governo mostram que desde março o número de demissões se aproxima aos 40 milhões (Leah Millis/Reuters)

Fed: dados do governo mostram que desde março o número de demissões se aproxima aos 40 milhões (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de maio de 2020 às 20h30.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 21h05.

Após semanas de paralisações econômicas, as perspectivas de recuperação continuam "altamente incertas" nos EUA e as empresas de todo o país lamentam sobre o tempo que levará para que as coisas possam voltar ao normal, declarou o Federal Reserve nesta quarta-feira (27).

Uma pesquisa do Livro Bege do Fed apontou que nas últimas semanas a atividade econômica continuou em queda acentuada em todas as regiões dos EUA, com uma redução considerável na compra e venda de automóveis e inquilinos com dificuldades para pagar o próprio aluguel.

"Embora muitos dos consultados tenham expressado esperança de que a atividade geral apresente uma melhora com a reabertura do comércio, as perspectivas permanecem altamente incertas e a maioria deles é pessimista quanto ao ritmo de recuperação", segundo a pesquisa.

De acordo com o documento, as suspensões ocasionadas pela pandemia da COVID-19 fizeram com que a atividade econômica diminuísse em todos os 12 distritos analisados pelo Fed, com a maioria deles apresentando quedas vertiginosas no emprego.

Dados do governo mostram que desde março o número de demissões se aproxima aos 40 milhões, embora alguns dos bancos regionais do Fed relatem que a maioria delas sejam temporárias.

As empresas também apontaram uma lista de "desafios para trazer funcionários de volta ao trabalho, incluindo preocupações com a saúde dos funcionários e acesso limitado a cuidados com as crianças (dependentes)".

Havia uma forte procura pelo Programa de Proteção ao Pagamento (PPP) do governo, que ajudou as empresas a "limitar ou evitar" demissões, de acordo com o relatório.

No entanto, algumas empresas afirmam ter realizado aumentos salariais temporários para trabalhadores essenciais como forma de "competir com o seguro-desemprego", que foi ampliado em meio à pandemia.

A pesquisa nacional coletou informações até 18 de maio, em preparação para a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, que ocorrerá nos dias 9 e 10 de junho.

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