Economia

Período fraco da economia dos EUA coloca Fed em encruzilhada

A maior economia do mundo desacelerou fortemente no primeiro trimestre e pode na verdade ter sofrido contração


	Sede do Federal Reserve em Atlanta: a maior economia do mundo desacelerou fortemente no primeiro trimestre
 (thinkstock)

Sede do Federal Reserve em Atlanta: a maior economia do mundo desacelerou fortemente no primeiro trimestre (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 10h32.

Washington - O plano do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de elevar a taxa de juros neste ano, forjado durante meses de forte crescimento nos empregos e uma expansão aparentemente durável, agora se vê diante de uma economia que não segue mais o roteiro e pode fazer com que o início da alta seja adiado bem para a frente.

A maior economia do mundo desacelerou fortemente no primeiro trimestre e pode na verdade ter sofrido contração.

Isso havia sido minimizado inicialmente como uma baixa pelo inverno, mas dados recentes podem indicar uma desaceleração mais substancial justo quando o Fed prepara sua saída da política de taxa de juros zero que vem sendo mantida desde dezembro de 2008.

Vendas no varejo e investimentos decepcionantes, confiança de consumidores em queda, um déficit na balança comercial cada vez maior e a produção industrial estagnada jogaram dúvidas sobre os planos do banco central norte-americano.

"O Fed vem nos dizendo há algum tempo que quer ser dependente de dados, e os números não são nada com o que se animar", disse o economista do Conference Board, Kenneth Goldstein.

O Conference Board é uma de três organizações em pesquisa da Reuters junto a economistas que veem o início da alta dos juros em 2016, em comparação cm 50 de 62 que esperam a primeira alta no terceiro trimestre deste ano.

Para operadores, o 2015 enfraquecido complicou qualquer aposta sobre a direção do Fed.

Os rendimentos dos Treasuries provavelmente vão cair caso fique claro que o banco central precisa adiar seus planos novamente, mas isso aumenta o risco de elevações mais agudas e rápidas na taxa de juros no futuro.

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