Economia

Pelo menos 10 países emergentes cortarão juros este mês, diz BNP

Pelo menos 10 bancos centrais devem cortar as taxas só neste mês, enquanto 15 devem tomar a medida até o fim do ano, aposta economista do banco

BC do Brasil: o BNP Paribas está convencido de que autoridades monetárias de mercados emergentes vão continuar a reduzir os juros. (M.Torres/Getty Images)

BC do Brasil: o BNP Paribas está convencido de que autoridades monetárias de mercados emergentes vão continuar a reduzir os juros. (M.Torres/Getty Images)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 10h44.

Diante da perspectiva de desaceleração do crescimento econômico, inflação relativamente controlada e afrouxamento monetário do Federal Reserve dos EUA e Banco Central Europeu, o BNP Paribas está convencido de que autoridades monetárias de mercados emergentes vão continuar a reduzir os juros.

Pelo menos 10 bancos centrais devem cortar as taxas só neste mês, enquanto 15 devem tomar a medida até o fim do ano, segundo Marcelo Carvalho, chefe global de pesquisa para mercados emergentes e Luiz Eduardo Peixoto, economista para mercados emergentes do BNP.

Os analistas, com sede em Londres, projetam que, neste ano, a taxa básica de juros deve cair 375 pontos-base Turquia, 150 pontos-base no Egito e 100 pontos-base no Brasil.

Em nota por e-mail, Carvalho e Peixoto disseram que uma combinação de inflação historicamente baixa e perspectivas de desaceleração do crescimento provocou uma onda de cortes das taxas em mercados emergentes.

A alta dos preços ao consumidor em mercados emergentes está próxima do ritmo mais fraco desde pelo menos 1990, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Nos últimos 10 anos, a inflação tem sido um fator de mais peso para a política monetária do que as flutuações cambiais, principalmente na Coreia do Sul, Brasil e Índia, onde as oscilações no mercado de câmbio tiveram um impacto limitado na alta dos preços ao consumidor, disseram os analistas.

Há exceções, como na Turquia e na Argentina, onde a inflação se acelerou com a desvalorização da lira e do peso.

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