Inflação: há um mês, estava em 3,84% (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de março de 2018 às 10h37.
Brasília - Os economistas do mercado financeiro reduziram pela sexta semana consecutiva a previsão para a inflação de 2018.
No Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 12, pelo Banco Central (BC), a mediana para o IPCA este ano caiu de 3,70% para 3,67%.
Há um mês, estava em 3,84%. Já a projeção para o índice em 2019 caiu de 4,24% para 4,20%, na segunda redução seguida. Quatro semanas atrás, ela estava em 4,25%.
Mesmo com as quedas seguidas, as projeções de mercado indicam que a expectativa é de que a inflação em 2018 fique dentro da meta, de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus seguiu em 3,67%.
Para 2019, a estimativa do Top 5 caiu de 4,25% para 4%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,86% e 4,25%, respectivamente.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi na mesma tendência de queda ao passar de 4,02% para 3,98% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,03%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para março de 2018 caiu de 0,25% para 0,22%. Um mês antes, estava em 0,31%. No caso de abril, a projeção seguiu em 0,36%, ante 0,37% de quatro semanas antes.
O Relatório Focus indicou a expectativa de ligeira aceleração dos preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de 4,94% para avanço de 4,95%.
Para 2019, ao contrário, a mediana passou de 4,48% para 4,43%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,80% para os preços administrados em 2018 e elevação de 4,45% em 2019.
As projeções atuais do BC para os preços administrados indicam elevações de 4,8% em 2018 e 4,1% em 2019. Estes porcentuais foram atualizados na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no mês passado.