Economia

Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do país caíram 7 mil para um número com ajuste sazonal de 411 mil na semana encerrada em 19 de junho

 (Amira Karaoud/File Photo/Reuters)

(Amira Karaoud/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de junho de 2021 às 11h15.

Última atualização em 24 de junho de 2021 às 11h30.

Um número menor de americanos entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada conforme a recuperação do mercado de trabalho da pandemia de covid-19 ganha força em meio à reabertura da economia, mas a escassez de pessoas dispostas a trabalhar ainda pode impedir o crescimento mais rápido do emprego no curto prazo.

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Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país caíram 7.000 para um número com ajuste sazonal de 411.000 na semana encerrada em 19 de junho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os pedidos aumentaram na semana anterior pela primeira vez desde abril, com economistas atribuindo o aumento à volatilidade após o feriado americano "Memorial Day", em 31 de maio.

"Fatores sazonais imprecisos em torno do fim de semana do feriado do Memorial Day provavelmente contribuíram para o aumento nos pedidos iniciais, então o aumento deve ser temporário", escreveram economistas do Bank of America Securities em Nova York em uma nota.

Economistas consultados pela Reuters previam 380.000 novos pedidos para a última semana.

Os registros caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200.000 a 250.000 que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.

Pelo menos 150 milhões de americanos já estão totalmente vacinados contra o coronavírus, permitindo a reabertura da economia. Mas milhões de trabalhadores ainda permanecem em casa, frustrando empregadores que procuram desesperadamente mão de obra para atender à crescente demanda, conforme as pessoas deixam suas casas depois de ficarem reclusas por mais de um ano.

Há um recorde de 9,8 milhões de vagas abertas. A falta de creches está mantendo alguns pais, principalmente as mulheres, fora da força de trabalho. Generosos benefícios a desempregados financiados pelo governo, incluindo um auxílio semanal de 300 dólares, também são considerados fatores, assim como a hesitação em voltar ao trabalho por medo de contrair o vírus, aposentadorias relacionadas à pandemia e transições para novas carreiras.

Quatro estados, incluindo Iowa e Alasca, cancelaram o auxílio de 300 dólares ou todos os benefícios financiados pelo governo federal em 12 de junho. No último sábado, outros oito estados se juntaram a eles, incluindo Alabama e West Virginia.

Treze outros estados administrados por governadores republicanos, incluindo o Texas e a Flórida, encerrarão esses benefícios para residentes entre os dias 26 de junho e 10 de julho. Louisiana encerrará o auxílio semanal em 31 de julho, passando a ser o único estado com um governador democrata a encerrar os benefícios federais. Para o resto do país, os benefícios expirarão em 6 de setembro.

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse aos parlamentares na terça-feira que acredita que a economia terá uma forte criação de empregos no outono do Hemisfério Norte. Além de melhorar a situação da saúde pública, trilhões de dólares em auxílio do governo na pandemia também estão apoiando a economia americana.

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