Economia

Pedidos de seguro-desemprego explodem e chegam a 6,6 milhões nos EUA

Paralisação da economia causada pelo coronavírus fez pedidos dobrarem de uma semana para outra

Estados Unidos: no país, já são mais de 200.000 infectados confirmados e mais de 4.000 mortos devido ao coronavírus (Zave Smith/Getty Images)

Estados Unidos: no país, já são mais de 200.000 infectados confirmados e mais de 4.000 mortos devido ao coronavírus (Zave Smith/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2020 às 09h50.

Última atualização em 2 de abril de 2020 às 18h49.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos saltaram 3,341 milhões na semana encerrada em 28 de março, para o novo recorde de 6,648 milhões, em meio aos fortes efeitos adversos da pandemia de coronavírus na economia americana, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho do país.

O total ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 3,1 milhões de solicitações.

A leitura da semana anterior, que até então havia sido recorde, foi revisada de 3,283 milhões para 3,307 milhões de pedidos.

Já os pedidos continuados de seguro-desemprego, referentes aos que estão sem trabalho há mais de uma semana, subiram 1,245 milhão na semana até 21 de março, para 3,029 milhão. Esse indicador específico é divulgado com uma semana de atraso.

No país, já são mais de 200.000 infectados confirmados e mais de 4.000 mortos devido ao coronavírus. Cidades como Nova York estão em quarentena completa, com ruas vazias.

O avanço do vírus fez até o presidente Donald Trump mudar o discurso sobre a doença, alertando que as próximas duas semanas devem ser “muito difíceis”. Na terça, o governo americano também revisou o potencial número de mortos de 100 mil para até 240 mil. “Foi um choque de realidade”, afirmou Beyruti.

Com tudo isso no radar, nem mesmo os dados de março sobre a produção manufatureira americana, que vieram melhor do que as expectativas, contiveram o pessimismo entre os investidores. Nesta quarta-feira, 1º de abril, o principal índice acionário dos EUA fechou em queda de 4,41%, levando as bolsas globais para baixo, inclusive a brasileira, que caiu 2,82%.

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