Economia

Pedidos de falência têm o pior maio desde 2009

No mês foram registrados 255 requerimentos, informou a Serasa Experian

No acumulado do ano, os requerimentos somaram 817 até maio, ante 738 efetuados no mesmo período de 2011 - um aumento de 10,7% (Germano Lüders/Você S/A)

No acumulado do ano, os requerimentos somaram 817 até maio, ante 738 efetuados no mesmo período de 2011 - um aumento de 10,7% (Germano Lüders/Você S/A)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 09h49.

São Paulo - O número de pedidos de falência subiu de 165 em abril para 203 em maio - uma alta de 23% -, o que fez do mês passado o pior maio desde 2009, quando foram registrados 255 requerimentos, informou nesta segunda-feira a Serasa Experian. Na comparação com maio de 2011, quando foram efetuados 168 pedidos de falência, o crescimento foi de 20,8%. No acumulado do ano, os requerimentos somaram 817 até maio, ante 738 efetuados no mesmo período de 2011 - um aumento de 10,7%.

Dos 203 pedidos registrados em maio pelo Indicador de Falências e Recuperações, 105 foram feitos por micro e pequenas empresas. Do restante, 67 requerimentos foram protocolados por médias e 31 por grandes companhias. De acordo com a Serasa Experian, o baixo crescimento econômico, as incertezas globais e o impacto apenas gradual das medidas de estímulo ao consumo aumentam as pressões sobre a cobrança de débitos empresariais e levam ao aumento dos pedidos.

O total de falências decretadas em maio (66) ficou praticamente estável em relação ao mês anterior, quando foram registradas 64. Em maio de 2011, haviam sido 53 falências decretadas - diferença de 24,5% na comparação entre os períodos. Dessas 66 falências, 54 foram de micro e pequenas empresas, 10 de médias companhias e duas de grandes corporações. O ano soma 278 falências decretadas, ante 261 registradas no acumulado dos cinco primeiros meses de 2011, alta de 6,5%.

O número de pedidos de recuperação judicial também subiu: de 57 em abril pulou para 82 em maio (crescimento de 43,8%), sendo 44 referentes a micro e pequenas empresas, 20 a médias e 18 a grandes companhias. Este foi o maior número de recuperações judiciais requeridas para o mês de maio desde a edição da nova Lei de Falências, há sete anos. "Este avanço revela que há empresas em dificuldades no País e que somente com a retomada do crescimento econômico, esperada para o segundo semestre, essa situação deve ser revertida", afirma, em nota, a empresa. As recuperações judiciais deferidas recuaram de 52 em abril para 49 em maio, queda de 5,7%.

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