Economia

Auxílio-desemprego nos EUA atinge mínima de 4 anos

Diminuição no volume dos pedidos evidencia uma recuperação do mercado de trabalho americano

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego tiveram queda de cinco mil solicitações (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego tiveram queda de cinco mil solicitações (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 13h59.

Washington - Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos atingiram nova mínima de quatro anos na semana passada, de acordo com relatório do Departamento do Trabalho divulgado nesta quinta-feira, evidenciando que a recuperação do mercado de trabalho está ganhando força.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego tiveram queda de cinco mil solicitações, para 348 mil em números sazonalmente ajustados, o menor nível desde fevereiro de 2008. Economistas consultados pela Reuters estimavam alta para 354 mil na semana passada.

Um relatório separado mostrou que o indicador de atividade econômica futura nos EUA aumentou solidamente em fevereiro, apontando para um reforço no crescimento mesmo com a desaceleração chinesa. Algumas economias da zona do euro já estão em recessão.

"A economia está entrando em uma fase em que mais ganhos do crescimento revertem para o trabalho, em vez do capital, e acreditamos que o forte ritmo na criação de empregos será sustentável ao longo de 2012", disse o economista-chefe da RDQ Economics em Nova York, John Ryding.

A média móvel de quatro semanas, considerada uma medida melhor das tendências do mercado de trabalho, recuou em 1.250 solicitações, para 355 mil. Os dados abrangem uma semana de pesquisa para folhas de pagamento não-agrícolas de março.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego tiveram queda de cinco mil solicitações entre os períodos de análise entre fevereiro e março, sugerindo outro mês de ganhos sólidos em emprego.

Empregadores acrescentaram 227 mil empregos em suas folhas de pagamento em fevereiro, elevando o total dos últimos três meses para 734 mil. A taxa de desemprego está atualmente em 8,3 por cento, tendo caído 0,8 ponto percentual desde agosto.

O Federal Reserve (banco central norte-americano) disse esperar que essa taxa decline "gradualmente".

Os dados tiveram pouco impacto nos mercados financeiros dos EUA, já que os investidores preocupavam-se com a situação da economia global depois de relatórios indicarem que o setor manufatureiro da China recuou pelo quinto mês seguido em março.

A atividade fabril na França e na Alemanha também caiu neste mês, sugerindo que a zona do euro está provavelmente de volta à recessão.


Vento Contrário

Enquanto os dados econômicos norte-americanos continuam relativamente otimistas, analistas demonstram preocupação com a possibilidade de que a desaceleração do crescimento global possa prejudicar o ambiente doméstico e a criação de empregos.

"Com grande parte da Europa já deslizando para a recessão, a economia dos EUA estará pressionando contra significativos ventos contrários externos para acelerar nos trimestres à frente", disse o estrategista-chefe de investimentos da Plante Moran Financial Advisors em Kalamazoo, Michigan, Jim Baird.

O número de pessoas que ainda recebe benefícios de acordo com programas estatais regulares após uma semana inicial de ajuda caiu 9 mil, para 3,35 milhões na semana encerrada em 10 de março, o menor nível desde agosto de 2008.

Apesar da melhora no cenário do mercado trabalhista, o desemprego de longo prazo continua sendo um problema importante, e cerca de 43 por cento dos 12,8 milhões de americanos sem trabalho em fevereiro estavam desempregados há mais de seis meses.

Um total de 7,28 milhões de pessoas pediram benefícios, sob todos os programas, durante a semana encerrada em 3 de março, queda de 142.499 ante a semana anterior.

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