Trecho de rodovia: nova taxa interna de retorno valerá para os 15 lotes de rodovias cujas concessões foram anunciadas em junho (Divulgação/ CNT)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 19h53.
Brasília - A elevação para 9,2 por cento da taxa interna de retorno das próximas concessões de rodovias não deverá elevar muito os preços-teto dos pedágios dos futuros leilões, disse nesta sexta-feira o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Paulo Corrêa.
Nos leilões anteriores realizados no governo Dilma Rousseff, como o da ponte Rio-Niterói, ocorrido este ano, vigorava uma taxa de 7,2 por cento.
O aumento da taxa interna de retorno, também conhecida pela sigla em inglês "WACC", nos leilões de concessão de estradas havia sido antecipado pela Reuters em maio, quando o governo federal começou a trabalhar para melhorar as condições oferecidas à iniciativa privada.
Segundo Corrêa, a metodologia de cálculo da taxa de retorno foi mantida, mas houve uma atualização dos parâmetros, que eram os mesmos desde 2007, tais como taxa livre de risco, prêmio de risco de mercado, prêmio de risco Brasil e taxa de inflação dos Estados Unidos (Consumer Price Index).
"(A mudança na taxa de retorno) mantém o preço acessível para o usuário. Não deve haver impacto significativo", disse Corrêa, em entrevista para explicar a medida anunciada nesta sexta-feira.
A nova taxa interna de retorno valerá para os 15 lotes de rodovias cujas concessões foram anunciadas em junho pela presidente Dilma Rousseff. Destes, quatro serão leiloados ainda este ano: BR-476/153/282/480/PR/SC, BR-364/060/GO/MT, BR-364/GO/MG e BR-163/MT/PA.
Segundo o secretário, a intenção do governo federal nesse novo pacote de concessões é ouvir mais a opinião do mercado.
Ele explicou que as taxas de retorno de outras concessões anunciadas no pacote de junho, como de ferrovias, portos e aeroportos, ainda serão calculadas.