Economia

PDVSA tenta dar garantias sobre refinaria Abreu e Lima

''Estamos construindo nossas garantias, temos nossa proposta para o pool de bancos que estão aí.", afirmou Rafael Ramírez, ministro de Petróleo e Mineração da Venezuela

O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez: ''O único sócio que estão buscando é a PDVSA para este desenvolvimento'' (Dieter Nagl/AFP)

O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez: ''O único sócio que estão buscando é a PDVSA para este desenvolvimento'' (Dieter Nagl/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 21h53.

Caracas - O ministro de Petróleo e Mineração da Venezuela, Rafael Ramírez, confirmou nesta quinta-feira que a petrolífera estatal PDVSA segue seu trabalho para buscar as garantias para financiar em conjunto com a Petrobras a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

''Estamos construindo nossas garantias, temos nossa proposta para o pool de bancos que estão aí. Acho que devemos estar prontos para quando chegar o prazo, em novembro'', afirmou Ramírez durante um encontro com jornalistas.

Ele ressaltou as declarações da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que assinalou que a companhia brasileira deseja ter a PDVSA como sua sócia. Para Ramírez, que também preside a PDVSA, a declaração de Foster coloca um ''ponto final'' neste tema.

''Felizmente, se alguém quiser esclarecer qual era a posição da Petrobras, ela o disse claramente: o único sócio que estão buscando é a PDVSA para este desenvolvimento'', apontou Ramírez, que lamentou que sempre queiram colocá-los para ''brigar'' ou ''competir'' com a brasileira. ''Não temos nenhum problema com a Petrobras nem com o Brasil''.

Na segunda-feira passada, Foster afirmou que ''a PDVSA resolverá seus problemas'' e será sócia da Petrobras no projeto de Pernambuco.

''É possível que nos outros projetos que estamos avaliando consideremos participações de sócios em refinarias, mas não na Abreu e Lima'', acrescentou Foster.


As duas empresas decidiram em 2005 construir uma refinaria no em Pernambuco com capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo, na qual a Petrobras teria 60% e a PDVSA, 40%.

A Petrobras iniciou em 2007 a construção da refinaria Abreu e Lima com recursos próprios à espera que a PDVSA assumisse sua parte da dívida que a estatal brasileira contraiu com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a obra.

O principal problema é que o BNDES não aceita ainda as garantias oferecidas pela venezuelana para conceder-lhe o empréstimo. A Petrobras já deu diversos prazos para que sua sócia apresente as garantias, mas nenhum deles foi cumprido.

Para garantir a entrada da PDVSA na sociedade, é necessário que a estatal venezuelana adquira 40% das ações da Abreu e Lima, se responsabilize pela mesma percentagem da dívida contraída e da parte que lhe corresponde assumir do que foi gasto até agora pela Petrobras nas obras. 

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Temos um espaço muito menor para errar, diz Funchal sobre trajetória da dívida pública

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje