Economia

Paulo Bernardo prevê PIB de 2009 próximo de zero

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, que será divulgado amanhã pelo IBGE, deve ficar perto de zero. O ministro, no entanto, tentou amenizar o resultado ruim afirmando "que isso é uma coisa velha, de museu". "Vou saber só para efeito estatístico", […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, que será divulgado amanhã pelo IBGE, deve ficar perto de zero. O ministro, no entanto, tentou amenizar o resultado ruim afirmando "que isso é uma coisa velha, de museu". "Vou saber só para efeito estatístico", afirmou nesta tarde, ao chegar ao Ministério da Fazenda para uma reunião com o ministro Guido Mantega.

Bernardo disse que, embora a projeção oficial do governo seja de 5,2% para o crescimento do PIB em 2010, ele acredita que a expansão poderá chegar a 6%. Ele lembrou que já há analistas de mercado fazendo essa projeção. Bernardo ressaltou também que, quanto menor o resultado de 2009, mais favorável será a base de crescimento para 2010.

O ministro informou, entretanto, que no relatório de programação orçamentária, que será encaminhado ao Congresso até o dia 20, o governo manterá a estimativa de 5,2%, mas afirmou que nos próximos relatórios (bimestrais) o número pode ser revisto. "Poderíamos fazer uma previsão mais otimista, mas como ainda estamos no começo do ano, ainda não temos uma base sólida. Em mais dois meses, já teremos condições de fazer uma previsão mais sólida", disse.

Ele informou que na reunião com o ministro da Fazenda, ele irá discutir justamente a elaboração do relatório que terá de ser enviado ao Congresso. Segundo ele, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai viajar nos próximos dias e só retornará a Brasília no dia 19. Por isso, ele e Mantega devem levar a proposta do relatório ao presidente amanhã. "Como dia 20 é um sábado e o presidente só chega no dia 19, se acontecer algum problema e o presidente chegar tarde, vou ter de enviar ao Congresso o relatório sem o presidente ter visto e ele não vai gostar", explicou. Paulo Bernardo antecipou que será necessário fazer cortes no Orçamento, mas ele não quis antecipar valores.

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