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Patriota defende ação militar na Líbia e participação dos EUA

Ministro das Relações Exteriores destacou que operação foi aprovada na ONU, apesar de o Brasil não ter apoiado a iniciativa

Ataques na Líbia: autorização foi dada pela ONU (Getty Images)

Ataques na Líbia: autorização foi dada pela ONU (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 17h10.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu hoje (15) a participação dos Estados Unidos nas operações militares da zona de exclusão aérea na Líbia. O chanceler lembrou que iniciativa conta com o respaldo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A ação é comandada pela Organização do Atlântico Norte (Otan).

Porém, em 17 de março, quando o tema foi votado no conselho, o Brasil se absteve. A resolução foi aprovada por dez dos 15 membros do conselho. O Brasil, a China, a Rússia, a India e a Alemanha se abstiveram. Não houve votos contrários à medida, que era defendida por França, Inglaterra, Líbano e os Estados Unidos.

Para o governo brasileiro, a adoção de uma área de exclusão aérea pode levar ao agravamento da violência na região. Porém, a ONU entende que o objetivo da medida é proteger civis nos conflitos entre as forças aliadas do presidente líbio, Muammar Khadafi, e a oposição.

A reação de Patriota foi em resposta a perguntas que lhe foram dirigidas durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o chanceler disse que um dos argumentos decisivos para a vitória do presidente Barack Obama nas últimas eleições foi sua posição sobre a participação de tropas americanas em ações internacionais.

Obama rejeita ações militares unilaterais – sem autorização do Conselho de Segurança da ONU – em outros países. “Essa intervenção [na Líbia] contou com o respaldo do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ao contrário daquela feita no Iraque durante o governo do ex-presidente George W. Bush, em 2002]”, disse Patriota.

Para o chanceler, é fundamental que as intervenções militares “repeitem a Carta das Nações Unidas”, seguindo as determinações da comunidade internacional, e adotando as posições definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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