Ferrovia: governo federal tem interagido com setor privado para acelerar leilão, diz ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 15h10.
São Paulo - O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, evitou falar sobre a expectativa do governo para o cronograma do primeiro leilão de concessão ferroviária, em entrevista durante a 17ª edição da feira ferroviária NT Expo.
Segundo ele, o governo federal tem interagido com o setor privado para acelerar o processo.
"Nós desejamos desenvolver e concluir essas negociações o quanto antes, mas não podemos fixar um prazo", afirmou.
Desde que o Tribunal de Contas da União (TCU) deu o aval para a realização do leilão de concessões, em fevereiro deste ano, surgiram diversos aspectos a serem trabalhados com os interessados, relacionados principalmente às garantias e à repartição de riscos.
"O que posso dizer é que ambos os temas vêm sendo trabalhados e avançamos de maneira bastante satisfatória nesse sentido. Isso pode fazer a diferença entre ter boa atratividade ou não", disse.
O ministro destacou que o Brasil se depara com desafios significativos no campo da logística e que a expansão do transporte sobre trilhos é fundamental.
"Vamos naturalmente prosseguir na direção de buscar os caminhos que viabilizem a modernização e expansão das nossas ferrovias. Não vejo outro caminho que não o de prosseguir firmemente nessa direção", afirmou.
Trem-bala
Passos reforçou ainda que os estudos para a licitação do trem-bala estão sendo atualizados por determinação do TCU e que a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) vem conduzindo o processo.
"A EPL constituiu um grupo multidisciplinar que trabalhou e fez alguns ajustes, uma otimização do traçado do trem-bala. Esse trabalho interno foi realizado envolvendo aspectos de traçado, engenharia, geotécnicos e ambientais", explicou, ao ser questionado sobre o andamento do processo.
"Quando tudo isso estiver atualizado é possível dar o passo seguinte, que é fazer as licitações correspondentes da forma na qual o governo achar conveniente", acrescentou.